Hoje! Porque não outro dia?... Dúzia e meia de palavras sobre mim…

Andar pouco - sonhar muito; olhar pouco - ver muito; loucura - minha sanidade; o universo - o limite do espírito; a velocidade - está na mente; a lucidez - no que não quero fazer; o calculismo - no que faço; e o sonho - só quando acordado; viajar - em torno de tudo e em local nenhum; espaço - apenas o que está fora do meu alcance; falar - de tudo neste mundo de nada; lugar - onde estou e sempre que estou; imaginação - um mundo; escrever - tudo é assunto; ler - com critério, todavia muito; amor - faço por acreditar que cada panela tem uma tampa ou testo; animais - todos, incluindo o Homem; música - toda, porém música; ser - eu; humanidade - toda sem restrições; vida - fonte de tudo, splash de mim; morte - quando ela vier.
Sou preguiçoso por clima, inerência à região sul, sou como um gato; durmo, lambo o pelo e os bigodes e espreguiço-me ao sol (quentinho que boommmm!...) e quando não tenho mais nada para fazer, mesmo mais nada trabalho, leio, escrevo, ouço música, vou ao cinema e, obviamente, contemplo o mar; oiço-lhe o marulhar, sinto-lhe o cheiro e deixo que a leve maresia poise um beijo húmido sobre a minha pele. E, sabes que mais hoje é dia, pois está um dia excepcional.
Bem, já sabes de onde sou e do que gosto.
Tenho duas virtudes e dois defeitos:
Virtudes:
i)Apesar de tudo e todos ainda acredito nas pessoas e no seu futuro enquanto seres humanos;
ii) Sensibilidade;
Defeitos:
Volta aos pontos i) e ii).
Características: tenaz, teimoso, orgulhoso, amigo (de quem merece), feliz e miserável (depende da face negra da lua), irreverente, rebelde (sem causa própria), estulto (quando dá jeito), corajoso (apenas o bastante) mentiroso nunca!..., medo (já senti e muito profundo, o medo de ter medo), temperamental (mas sempre eu), imprevisível (nunca ninguém sabe o que vou dizer ou fazer a seguir, muitas vezes nem eu), preocupado [decomponho a palavra em duas (pré-ocupado) - pré (antes de) ocupado, logo não devo ocupar-me de algo antes desse algo acontecer, ou seja: vamos ver...], divertido (sempre e o mais possível), face (sim tenho duas! a direita e a esquerda, às vezes coabitam, outras porém, quando uma ri a outra chora), pena (se tivesse voava), tenho um coração de manteiga (quando a bem) e de pedra (quando a mal);
Amor: amei uma única vez na vida! daí a esta parte, esqueci ou procuro esquecer que amar é um sentimento muito sofrido, "qui bene amat bene castigat"...
Vida: Plena; penso muita na vida, naquela que passa… e no tempo que desperdiço quando dele necessito para a viver, naquela que está para vir… para tentar saber vivê-la sem a esbanjar - amo a vida tal como ela é e nunca como eu queria que fosse; a vida é uma mulher (caprichosa e virtuosa), se gostas dela como a encontras-te não a tentes moldar à tua minúscula realidade, depressa descobres que não gostas da obra que crias-te. Gostar e amar têm que ser incondicionais e numa entrega total sem egocentrismos, recebe o que te têm para dar e dá o que tens sem reservas. Assim é a vida para mim, em duas palavras "caos involuntário"!...
Se fosse uma palavra: Insatisfação.
Se fosse um fruto: Abacate (nem toda a gente gosta mas quem gosta, gosta).
Se fosse jogador de futebol: Só na Académica a minha "Briosa".
Frase: "sicut aurora scientia lucet" (tal como a aurora o conhecimento ilumina).
Frase que mais detesto: "É impossível".
Condicionalismos: A imaginação é o limite do irrazoável e "in extremis" o intolerável.
Piropo: E... no coração, flutua leve, uma nuvem cor-de-rosa, morada de um amor, singelo e etéreo, que lembra... algodão doce.
A saudade não mata, 
mas cria um vazio eterno na alma de quem dela padece; vamos dividir a miséria pelos pobres?... Hoje lembrei-me!...

"Existência de mim em mim"

Ovo de sol - desabrochar; sombra, que mão tu me trazes? presa a essa luz que me fascina, perdição do meu olhar sobre um pouco de tudo, disfarçado na ignorância do pós-além, sem que, realmente, de nada veja!...
 Oh! Silhueta de mundo, desvenda os teus mistérios, pousa-os na palma da minha mão, perdi-me quando sobre ti derramei o meu olhar, que nublado me quitou da realidade, transferindo-me para a essência diáfana da tua perda neste romper de emoções que de mim e em mim explodiu...

Quanto à amizade ela deveria ser assim:
A amizade é como uma pérola! Nasce de um nada pequenino, cresce, em finas películas concêntricas, ao longo dos anos até se formar e cimentar. Pode e deve ser cultivada - o tempo trás e o tempo leva, amizades de amizades; como pode ser de natureza indómita e selvagem - amizades naturais, espontâneas -, ambas têm que ser cuidadas, para que quando feitas e formadas, se possa colher o seu fruto; doce, amargo ou por e simplesmente sem sabor, dependendo do empenho e dedicação que pusermos nelas... por fim transformam-se em algo de muito, muito belo ou pura e simplesmente definham por falta de cuidado; as pérolas são lindas mas delicadas, são como flores; dedicação, cuidado, alimentação e amor, são um par indissociável, perdem o brilho ou murcham, são dependentes de todos e cada um, cabe a cada um cuidar deste bem precioso, inestimável e imprescindível.


tÓ mAnÉ