quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Ligação

Dois corpos fundem-se!
Liga que liga o ineligável.
Na bigorna, à força de martelo,
A liga incandescente, jorra!
Forja o sentido
E, na água imbuída,
Solta a fragrância
Em fumo, que é desejo; agridoce.
A tempera rasga sorrisos
Gera suspiros e gemidos
Que, em jaculação,
Derramam,
Apoteoticamente, a inquietude
Num mar, remanso, de cumplicidade.
Novo tempo, novas virtudes,
Incônditas, nascem!
Ó abraços, entre braços laços
Ó palavras soltas de conteúdo
(Verbo de encher e vazar).
Calor, suor e marcas do amor
Tudo no lençol derramado
Recordando às almas fundidas
Que em eclipse sempre novo
O desejo, cálido
Pingo a pingo rola
E, a taça, húmida, já chora
Pelo martelo que na bigorna
O anseio, feito desejo, molda.

tÓ mAnÉ

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