quarta-feira, 8 de junho de 2011

Navegando à bolina

Vai tudo na onda por aí?
Eu sei que sou eu que estou em divida mas tenho andado um pouco abaixo de merda, se é que assim se pode dizer.
Folgo saber que hoje é o dia dos amigos por essas terras além e aquém mar e mais folgo imenso que te tenhas lembrado de mim, obrigado e sensibilizado eu fico; até se me apertou o coração…
Ando navegando à bolina, um pouco sem rumo certo e um pouco de incerto porto onde me abrigue… não ando com disposição para escrever ou sequer me queixar daquilo que é culpa única e exclusivamente minha… Sou barco à deriva com comandante inseguro; sem rumo mas com ora a proa ora a popa a levante.
Não sei se me vá ou se me venha, “que eu vivo com mesmo sem-vontade com que rasguei o ventre a minha Mãe” (alguém disse isto por mim - José Régio), mas de bom grado repousaria a minha cabeça sobre os teus fartos seios “mamas, diga-se, e não fugindo à verdade e no benefício da justiça que, por franqueza, aqui quis ditar de suas as minhas palavras, repetindo-as como de um eco longínquo se tratasse mas que fortemente retumbasse, sibilando “Lu que lindas e volumosas mamas Deus teve a amabilidade de te dotar [perdão se a justiça te injustiçou ou a minha memória me atraiçoou, injuriando por omissão ou desvelo semelhantes atributos; pena que as não tivesse acariciado e beijado para que esse cheiro se tivesse colado ao meu olfacto, paladar e tacto (chega!...)]” e dormia, e dormia… estou cansado amiga, muito cansado… não me vejo, nem revejo nesta sociedade que me rodeia e me enche o coração de rancor, deixando-me a frustração de lutar sozinho mas sem alcançar seja o que for que não a marginalidade daquele que não aceitam o sistema e as regras que lhe querem impor. Sabes “há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não” (Adriano Correia de Oliveira – Trova do vento que passa) e esse alguém sou eu, na tentativa desesperada de ser “EU” e mudar um pouquito do mundo para melhor… Deus sabe que eu luto com os outros e também comigo mesmo no escopo de fazer e ser melhor, porém nem um pequeno passo de pardal se vislumbra no avanço do que já é irremediavelmente atraso, de facto a única coisa que vai para a frente neste “pequeno mundo” é o “ATRASO!!!!...” A mediocridade não deixa a genialidade progredir, abafa-a, degreda-a, esconde-a e aproveita-se dela à sorrelfa, pois só há uma forma de ela; mediocridade progredir, é matar à nascença tudo aquilo que se elevar a nível superior e rodear-se de uma mediocridade ainda maior que ela… Amiga, quando tens quinhentos pregos espetados numa tábua e um deles tem a cabeça mais alta, onde dás tu a primeira martelada?... Vês, percebeste?...
Sempre no meu coração, nos meus sonhos e devaneios… 

tÓ mAnÉ

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