segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Três tristes textos (Protesto e/ou a graça?!...; O Sr. Birra; Apetites de ser)

Protesto e/ou a graça?!... -- Não passa um só dia que eu não proteste. Tal como nem um dia só se vai que não dê graças a Deus. Protesto e agradeço em doses diferentes e consoante a vontade mo exige. O dar graças dá-me ânimo para protestar. O protestar traz-me as bênçãos e as dádivas de Deus de que necessito para continuar este périplo diário, sem me sentir manipulado por cruzes e fios de nylon, tal e qual uma marioneta, neste teatro burlesco em que todos vivemos e em que o espectáculo somos nós. ----------------------##---------------------------------##---------------------------------------##--------------------------- O Sr. Birra -- Hoje trouxe o meu adorado bloco de notas, reticente, devo confessar, teria, melhor optado pelo meu livro de leitura ou talvez pela companhia de alguém. Mas, teimoso, agarrei-me às letras pintadas neste fundo, apesar de nada me ocorrer para o preencher. Limito-me a construir palavras e a soldar linhas com elas; forjar frases avulsas, sem sentido, conspurcadas pela ausência de imaginação. Deveria ter a decência, se é que ela é para aqui chamada, de não encher de desabafos desconexos estas folhas virgens, puras que merecem bem mais que uma sujeira, uma diarreia mental, uma descarga (maus humores figadais) biliar ou algo bem pior, quiçá, uma demência momentânea. Pois, na verdade, até parece que estou tomado pelo Sr. Birra, que, usualmente, costuma afectar os bebés e garotos de tenra idade e até os vovós, como também a classe política e outras vedetas afins ou ainda algumas mulheres na temporada da “chica”. ----------------------##---------------------------------##---------------------------------------##---------------------------- Apetites de ser -- Apeteceram-me “pucarinhas” assadas em chapa quente com uma pitada de sal ou uma folhinha de toucinho fumado, até parece que estou prenhe. Prenhe de uma vontade enorme de mudança – mudar de estilo de vida. Ser mais, melhor e diferente. Ser farol num mar ausente. Ser música soprada, expelida, escorrida da boca de um vulcão activo, não em erupção. Ser névoa que absorve e bane a mentira em nós contida. Ser sólido, aquele que abala todos os padrões da geometria. Ser luz, aquela que perfura a noite da loucura, da insanidade dos Homens. Ser aquele, que não Deus; Esse, divino, não castiga, perdoa na Sua eterna magnificência, que ergue a gadanha e faz a (in)justiça que a justiça não se atreve a fazer. Alfim, ser aquele que veste de amarelo quando a moda é vestir preto. tÓ mAnÉ Editions

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