Todos vós devem estar a pensar que utilidade é que terá um inútil, será que a terão mesmo?...
Como é do
conhecimento geral e quase estatuído por lei todos os espaços dos habitáveis
aos comerciais, aos industriais, aos serviços e outros afins tem um elemento
comum: O bibelô. Estes elementos são inutilidades úteis, enchem espaços nos
quais ninguém repararia ou dificilmente o faria, ou seja estas inutilidades
servem para ocupar lugares de pouca ou muita relevância, conforme os casos,
para garantir a esses “espaços vazios” uma vida que não teriam ou mesmo até,
pressupostamente, embeleza-los, isto é, os inúteis apesar de aparentemente não
terem qualquer utilidade, valorizam outras inutilidades concedendo-lhes
créditos que não têm e, erguendo por elas, mundos ilusórios de infinita
utilidade. Em suma fazem o favor de fazer o que não se faria e se faz;
advertida ou inadvertidamente?!...
tÓ mAné Editions
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