segunda-feira, 5 de maio de 2014

Estrada Nacional n.º 125-4

Se quer crer tem que ver! E, para ver, não serão estas parcas palavras que o elucidarão! Vá crer! Vá ver! Depois de ler se, então ou antes, lhe aprouver. Existem fenómenos que… tendem, no seu limite, a eternizar-se, sem nunca atingir a divina proporção ou a razão de ouro, isto é sem gozarem da característica da recursividade, tal como reza a sequência de Fibonacci, são sobejamente conhecidos, em território luso, como: Obras de Santa Engrácia. Um desses fenómenos que se tem estendido no tempo num quase “ad eternum” ou “ad aeternum ” é o troço da E.N. n.º 125-4 entre os Sítios da Goncinha e dos Valados. A Estrada Nacional n.º 125-4, também conhecida como a estrada Loulé – Faro e, porque sou louletano de raiz e gema e nunca a poderia designar como estrada Faro – Loulé, nomeadamente o troço em causa, já se lhe perdeu, no tempo e nos anos, a memória e a conta, que por mil e uma razões que lhe possam assistir, com ou sem motivo, o que é irrelevante neste atropelo temporal, ou lhe possam salvaguardar desculpas, a um constante abre e fecha, começa e acaba, recomeça mas não se lhe vislumbra a (re) conclusão, o alfim no epílogo. Paciência, mais paciência, paciência ao quadrado, paciência etc… Convenhamos que o povo tem paciência, contudo até a paciência se impacienta de tanto ter paciência. E, o povo, cansa, e o cansaço leva à desesperança e à “fartança” de tanta e continua incomodidade, de tanto e contínuo suplicio – tragam antes o cilício por mais fácil de suportar – de tanto prejuízo quer material, quer económico, quer moral e corporal, que de tantos nem tantos seria de referir, pois por interligados e aliados, se faria associação como de ver é bom ou a bom ver, se ver é entender e se entender é crer… Este singular troço de tudo tem admitido mas, contrariamente à populaça que de camarote tem assistido, cumprindo, escrupulosamente, o provérbio japonês dos três macacos sábios; não vejas, não oiças e não fales, tem visto atrasos inadmissíveis, tem ouvido histórias inverosímeis e, tem falado, tem falado de morte, de ofensas à saúde (lesões ao nível da coluna vertebral e outras), de stress diário acumulado, de deficiente sinalização quer nocturna quer diurna, de etc e tal… Em suma e à laia de remate final, e não querendo falar das obras relativas ao Parque das Cidades, estamos perante uma ameaça, a vinte e quatro horas, à saúde pública dos utentes, dos residentes e dos utentes residentes. Haverá ainda quem recorde quando esta saga começou?... Em que ano?... Com que executivo camarário?... Com ou sem memória, com ou sem responsabilidade, seria de bom tom que quem de direito ou de respeito, providenciasse um esclarecimento, de uma e para todas as vezes que tal não aconteceu e deveria e, de uma só vez ou num ímpeto de fôlego, quando este suplício de trezentos e sessenta e cinco sobre trezentos e sessenta e cinco dias irá finalmente ter o seu canto do cisne e consequente “terminus”, o finalmente ou se pelo contrário se continuará a perpetuar no tempo, tendendo para infinito ou para a sublime eternidade. Alfim, e não passando de uma extravagância, somos nós povo, que detemos e até exercemos, por nos conferirem constitucionalmente, o direito de o saber. tÓ mAnÉ Editions

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