segunda-feira, 5 de maio de 2014

Quando eu lá chegar… amigo Zé…

Mil novecentos e oitenta e sete, Treze de Julho, Data da minha apresentação À equipa, que à altura, Constituía o, parco, elenco da insigne Câmara Municipal de Loulé. Sim! Porque nessa altura, Era cortesia e apanágio da casa Apresentar os novos elementos À equipa residente. Hábito ou ritual, salutar, De uma plena aceitação e integração E de umas calorosas boas vindas À família a que nos iríamos Numa vida de trabalho juntar. Hábito, imemorial, que se perdeu E, se tornou irracional; erradicou-se! Perdeu-se para todo o sempre. Foram os ventos da mudança, Os meandros do tempo O futuro da governança (dividir para reinar). Franzino, de estatura média, Senhor de garboso bigode, Despudorado, todavia cuidado, Na forma de vestir E dono de uma boina; padrão pied-de-poule. De sorriso franco e porte algo austero, Personalidade afável e conciliadora Sempre pronto para o que desse e viesse Um facilitador nato, Um servidor da causa pública, Um amante da justiça e da equidade E, acima de tudo, amigo do seu amigo. Contudo irreverente e irredutível, Na defesa das suas e até de outras causas. Homem de postura e convicções, Homem simples, sem bravatas nem vaidades, Companheirão e bonacheirão, Execrável e caustico por vezes, também, Teimoso ou de personalidade forte?!... (como hoje é convicção reinante) Homem de trabalho e de borgas, também Homem integro e de família; pai e marido extremoso. Em suma um Homem de Bem. Na Renault 4L, o teodolito e seu tripé, A mira, a fita métrica, as estacas e o maço, E, o Sr. António, a quem, O Zé, com paciência e paternalmente dizia: Sr. António, endireite a mira, endireite a estaca… Oh porra endireite essa merda!... Quando por vezes se lhe esvaía a paciência. E, foi assim, que te fui conhecendo, amigo Zé. No trabalho, no convívio, No snooker, entre duas imperiais, Tu, de esquerda, convicto Eu, de direita, reticente, Mas, na amizade, aí sim, Éramos, fomos e somos: Uno. Muito mais coisas teria para recordar, Mas esta porra já vai longa e, Há que terminar. Termino, assim, com um abraço, Nunca com um adeus, ou um até mais ver. Pois, amigo, contigo ainda conto, Para o trabalho e um copo de tinto beber. Bem hajas por tudo E, ainda, aquilo que por mim fizeste, Pois não cabe num fugaz obrigado. Um grande abraço. Baptistão. tÓ mAnÉ Style

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