segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Flores


Flores
Braçadas de flores
Lançadas do céu
Salpicam e perfumam
De sonhos os incautos.
Flores
De flores nas mãos apertadas
Chora a viúva
Sorri a noiva
Uma despede-se a outra rejubila.
Flores
Voam flores sobre as paradas
Caem sobre os marchantes e fanfarras
Aplaude a multidão exultada
Alfim, jazem no chão espezinhadas.
Flores
Vinte e uma como as salvas
Adejam, vívidas, em jardins
Enquanto, enroladas, nos braços pousam
Quando em mastros haviam de ondular
As bandeiras da desmedida usura humana.
Flores
Nos campos, a perder de vista, flores cortadas
Vidas inutilmente tombadas
Pousadas nos túmulos em memória
Ressequidas da ilusão eterna
Esquecidas do tempo e pelo tempo
Mortas! De alma ainda inocente.
Flores, flores e flores…

tÓ mAnÉ

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