quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Outra realidade

É imprevisível o que pode acontecer
Quando a vivência do dia a dia
Derrete, inadvertidamente, sobre nós
Um “floco de neve”; a vida!
Que ergue um imaginário, passo a passo,
Levando-nos, de mão dada, a caminhos
Que nunca nos atrevemos a palmilhar.
Luta, desigual, que em nós grassa,
Conflitos, ilusões e desilusões
Afectos, amores e paixões
Meros flirts ocasionais
Que, de mais, não passam.
Levando-nos ao erro, ao engano
Sugerindo que, na realidade, até vivemos.
Só e tão-só, a vida,
Ri de nós, escarnece!
Pois, de velha, muito velha, sabe
Que por ela não passa
Quem não souber viver
(amor e desdita)
O pouco da vida que nos abraça.
Vivendo outros não aprendemos a viver
Vivemos vida que não é nossa;
Outra realidade, outra dimensão...
Farsa!
E, o “floco de neve”, que em nós subsiste,
Perde luz e graça
Derrete! Definha!
Esfuma-se na sombra de uma existência diáfana.

tÓ mAnÉ

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