segunda-feira, 24 de março de 2014

Crónicas FDS da Laura - Registo XVIII

Vou iniciar o relato do meu FDS, por achar de facto relevante e atípico, pelo fim de tarde de sexta-feira e, claro é, tem um propósito e um porquê do propósito. Então qual vem a ser o porquê do propósito, perguntam, e bem, vocês? Pois bem, aqui vai do mistério ao desvendar: Porque fomos jantar fora, a Quarteira, à Pizzaria Mamamia. O que também tem porquê e é ele: A mamã não fez jantar porque planeou ir passar o fim-de-semana a casa da avó Aurita em Quarteira, pois claro. Acontece que ficou por aí, pelo planear, pois a intenção “borregou” falando em termos aeronáuticos. O jantar, na sua substância, contou de sopa de legumes, pão de alho e pizza, na modalidade, quatro estações, acompanho por umas imperiais, ice tea e uns descafeinados para rematar as hostilidades… Et voilá!... Jantar mamado e fomos dar uma voltinha higiénica pelo calçadão; foi óptimo. O papá estava bem disposto e entre piruetas e bilharetas foi espectáculo. Divertimo-nos e brincámos montes. Neste cortejo quase que alegórico, decidimos dar uma saltadela a casa da avó Aurita, já que, tão perto, ali estávamos aproveitámos o ensejo para prestar uma visita surpresa ao mano Pedro que está lá asilado, ele e mais meia dúzia de mânfios. Agora, o gajinho, é nadador salvador na praia do Cavalo Preto, ele é bem claro e mais a meia dúzia de gandulos. O Sr. Pedro e a sua trupe não estava em casa mas a casa estava uma autêntica pocilga. Após uma verificação cuidada dos danos, quer no capítulo da higiene quer noutros de índole mais material, a conclusão ficou dois graus acima de cão e três abaixo de polícia. Pois é caros ouvintes a visita não teve nada de inocente mas sim tudo de propositado, tendo como escopo a verificação in situ do controlo descontrolado e o rumo desarrumado das coisas. Finda a visita, com pontuação abaixo de zero em termos apreciativos, o azimute foi o Sítio de Vale da Rosa, certinho direitinho, como diria o Camilo de Oliveira. O resto? Bem o resto deixo ao vosso critério e imaginação… Exactamente, acertaram na muge, boa!... E, desta forma espantosa, eis-nos chegados às 07:30 a.m. do dia que vem imediatamente a seguir a sexta-feira, o fantástico sábado, ele que é o primeiro dia a sério do fim-de-semana e, há que aproveitá-lo ao máximo. Assim sendo, e aproveitando a segunda metade da máxima “deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer”, apesar do meu pai, com quem dormi hoje, não estar muito de acordo com ela pois, para ele seria mais assim: Deitar tarde e tarde erguer e à hora que lhe apetecer, pois diz ele que crescer já não cresce, ainda que para a frente e para os lados, e que a saúde já não é lá muito famosa, mais vale rebolar o lombo na cama e fazer preguiça à bruta. Todavia eu, quando quero, sei ser muito persuasiva e assim que acordei tratei de fazer-lhe o mesmo, a ele e à minha mãe que foi dormir para a minha caminha querida. Era o que mais faltava ficarem ali a sovar o lombo na cama enquanto eu queria era brincadeira e passeio. E, assim, a tom de repique de Laura e não de sinos a procissão de sábado teve o seu início. Vou deixar aqui uma ressalva, por hoje ter sido excepção, que é a seguinte: Só o meu paizinho querido é que goza da regalia e do privilégio, benesse minha, claro!... de ficar repimpado na cama após a libertação, portentosa, do meu grito de “alvorada”. Enquanto via a minha bonecada a minha mãe aproveitou para pintar as unhas todas que tem, com um verniz da moda de cor esquisitóide ao qual ainda juntou uns pozinhos prilim-pim-pim dourados. Sabem? Quem não tem nada para fazer ou nada lhe apetece fazer, sacode as moscas com as orelhas, não sendo estas as palavras de Camilo José Cela, servem muito bem para relatar o evento e desmistificar o discurso. Enquanto isto se desenrolava no palco principal, ali ao lado no palco secundário, o meu pai já ia numa de contar carneirinhos. Ai ele é isso! Espera aí que eu já te amolo… E, assim, fizemos um pacto de gajas e deixámos o sornador na cama contando lá o que lhe apetecesse e num “vaipe”, quase irracional, decidimos ir para Loulé, beber o cafezinho matinal e fazer as compras semanais. Partida, largada, fugida e aqui vamos nós, as gajas, sem via verde activa, directas para Loulé City. Estacionar. Beber o cafezinho da praxe. E Dona Ana shop, num shoping cheio de speed. Seguidamente fomos dar uma de “na boa vão elas”, apesar de não abandonar-mos as cercanias a passeata foi bem fixe. Senão, topem só: Fomos visitar a escola da prima Sofia Miguel que, se Deus assim o quiser, vai também ser a minha escola dos grandes grandes e, aproveitando a deixa, e por ser ali bem perto, demos um saltito à minha velha escolinha, a escolinha da Mónica. Na verdade senti um ratinho de saudade, contudo gosto mais da escolinha da Telma e da Lena, é outro aconchego, percebem?... Cansadas de laurear a pevide e o queijo voltámos para casa. Quando chegámos tivemos logo uma surpresa. Imaginem que quando a minha mãe chamou pelo meu pai para ajudar com o transporte das compras a resposta que obteve foi um silêncio. Será que ainda está a dormir? Ó meu Deus do céu haja paciência, refilou a minha mãe, voltando à carga e a carga também o silêncio voltou. Onde se meteu o raio do homem? O carro está aqui, homessa onde estará metido? Quase gritou a minha mãe. Depois de vasculhar, infrutiferamente, a casa toda e a zona do canil, espanto, dos espantos o meu pai havia abandonado os aposentos reais. Levantou âncora sabe Deus para onde. Ou seja, deu aos “calcantis” o “marau”. Só muito mais tarde, por portas transversas ou travessas, sei lá eu… vim a saber que deu corda às botas e foi beber café ao Trincas e dar uma de leitura, mas isto pode lá ser?... Ai. ai, ai senhor pai, mau, mau Maria… E, pior, como foi a pé para Loulé a mãe teve que ir buscá-lo, deixando-me em casa com a avó Ilda a almoçar; salsichas às rodelas com batatinhas fritas, feitas no novo brinquedo de cozinha da mamã, a Actifry, e sopa de cenoura com fiapos de ovo cozido. Na verdade eram mais que horas para uma menina decente como eu almoçar e, para mais, esta tarde temos um compromisso: A festinha de aniversário da Joana Virote, que vai ter lugar no Sítio de Vale Verde (shuiiiii… a casa dela tem uma piscina grande e, parece que logo a calhar, está um belo dia de sol… vai haver rega bofe pela certa!...). O meu pai foi “agorinha” mesmo tratar dos cães, coisa quase nunca vista, contudo com um significado implícito muito específico: Vamos voltar muito tarde da festinha de aniversário da Joana. Sei que é assim porque o papá quando chega muito tarde a casa, desata logo a reclamar que ainda tem os cães para tratar. Andavam para bater as 03:00 p.m. mas as quinze ainda não ressoavam no campanário, quando de armas e bagagens, abandonámos a residência Figueiras Baptista, o “ montinho da casa amarela” que de amarela nada tem pois está pintada de cor de tijolo ou brick para as almas mais requintadas, mas tinha e continua a ter a ruína que deu origem ao apodo, que também carinhosamente lhe chamo de “a nossa casinha”, com destino mais que traçado: Sítio de Vale Verde, casa da Joana. Logo que cheguei ou melhor chegámos, porque não fui sozinha, comecei de imediato a entabular convivência com todas as meninas que por ali esvoaçavam semi livres como um bando de estorninhos que deambula pelos céus preso por um fio imaginário que lhes torna o movimento aleatório, todavia contido num espaço limitado pelo alcance do invisível fio. Não, não falei de meninos mas vou falar. Apenas um vagabundeava por entre este mar de fêmeas. Bolas tanta gajinha junta, isto é que vai ser uma concorrência no futuro próximo… Elas muitas, eles, poucos, ai, ai, ai… Andei saltaricando por aqui, por ali e por acolá deixando o tempo passar e a digestão concluir, o tempo e a digestão são assim como primos afastados, apesar de aparentemente afastados estão dependentes e gostam muito um do outro, passa o tempo e a digestão vai ficando mais leve até o processo dar em vontade de comer. Já perceberam não é? Espertinhos! É que sem digestão feita não há banho na piscina. Mas, lá iremos, até porque ainda não acabei de digerir. Vamos falar um pouco da casa da Joana que, para além da piscina, ainda tem outros pólos de atracção que fascinam uma criança como eu. A casa da Joana tem: Um lindo jardim, com muitos pinheiros, lindas plantas e flores, um relvado imenso e espectacular, um rock garden, uma cascata com um lago que tem peixes e uma cobra de água e, vejam lá se não é o máximo, um insuflável, ou seja, tem tudo o que faz as delícias de uma menina bem comportada quanto eu. Perambulando enganei o tempo e com ele a digestão e, piscina espera aí que aí vou eu… mãeeeee onde estão as braçadeiras cor-de-rosa? - Aqui filha, aqui. Anda cá… E, eu fui logo a correr. Desobediente num momento destes? Não, nunca!... - Põe-mas mãe, põe-mas! Depressaaaaa… vá, vá,… Com mais ou menos atrapalhação e no meio de um “quieta senão não vai ser fácil” e lá foram as braçadeiras, que previamente e adivinhando a afogadilho, a minha mãe tinha enchido de ar, para o seu devido lugar e começou o “fandolírio”, la fiesta, como diriam as herramientas do Manny Mãozinhas. Gostava ainda de partilhar convosco uma coisita que me melindrou bastante assim que cheguei. Vejam só que até me fez chorar e tudo. Oh pá! Não é que quando cheguei me deparei com o seguinte: Em cima da mesa, soberbo e lindo, estava o bolo de aniversário da Joana, até aqui tudo bem mas, tinha logo que ser igualzinho ao do meu aniversário? Cores e tudo. Acham isto bem?... Pois eu não! E digo-vos mais, não gostei nada das atitudes quer da Joana que copiou o meu bolo, quer da Suzi que o concebeu exactamente igual ao meu. Na verdade quem teve a ideia original fui eu. Bolas haveriam de haver direitos de autor de ideias de bolos de aniversário. Acho que vou tratar desse assunto! Bem, agora que já desopilei e desabafei, vamos ao que conta, ao importante, pois isto são coisas passageiras. Na festinha fiz uma amiga do coração, a Beatriz, ela é muito querida e docinha e nós sentimos logo uma empatia natural uma pela outra, é assim como um amor à primeira vista do ponto de vista da amizade, o que foi tão bom, uma vez que brincámos mais que muito, um verdadeiro pandemónio. Todo este granel sob o olhar rapace, tipo “Essilor”, multiluminoso, da minha mãezinha. Estão a topar o esquema?... Pois, neste capítulo o processo observatório do meu paizinho foi muito reduzido, quase nulo atrevo-me a dizer. Preferiu passar o seu precioso tempo a comer e a beber, bem como, a dar à “estramela” ou “linguete” e na galhofa com os amigos e as amigas, do que a brincar comigo. Mas deixem que não espera pela demora. Aqui não por não apropriado mas em casa vai ouvi-las e das boas. Ora onde é que isto já se viu?... Acho que tem que começar a andar de trela como o Mister Goya, hummmmm. E nesta loucura, neste vai e não vai, o tempo foi-se gastando e o final da tarde começou a fazer a sua aparição e com ele um senhor que, feito macaco, subiu a um pinheiro, com uma pinhata em forma de matrafona que lá dependurou bem amarradinha a um dos troncos. Depois dele descer, foi distribuído um pau de vassoura, um e um só para evitar percalços indesejáveis, e começou a cacetada e a paulada à matrafona, primeiramente mais timidamente mas, depois de vários incitamentos, do género: Dá-lhe com força ou força nisso, etc…, a violência dos baques aumentou até que rebentámos com a pança da matrafona e a chuva de guloseimas começou: Rebuçados, caramelos, sugos de fruta, chupa-chupas, etc e tal… Aí, nós, as crianças, iniciámos uma guerra feroz, sem quartel, para arrebanhar tudo o que pudéssemos daquilo que a matrafona vomitou. Até houve “berranço” e “choraminganço”, vejam só!... Com o entardecer, para além do senhor da pinhata, também apareceram outros visitantes, estes, indesejáveis e esfaimados, eram às centenas para não dizer números maiores que desconheço, ainda. Chegaram para vencer, desprovidos de escrúpulos, os mosquitos e melgas atacaram massivamente toda a gente, ninguém logrou escapar, o que obrigou a malta a bater em retirada de bandeira branca erguida. No momento exactamente antes do “obrigada estava tudo óptimo” e dos beijinhos da praxe, fui agraciada pela mãe da Joana, a Fatinha, com um presentinho que adorei: Uma Tshirt branca, com um estampado de fundo da Mia e dos seus amiguinhos Elfos. Daí até à carrinha foi um ápice e também num ápice o bzzzzz atacou. Bzzzzz… Eu não acredito nisto o meu bzzzzz prolongou-se, em directa, até quase às 10:30 a.m., ou de outra forma, meia manhã desperdiçada no bzzzzz. E, assim, desta maneira inglória, desperdicei meia manhã de domingo, o que considero uma fatia demasiado grossa do meu bolo de domingo, usada única e exclusivamente no capricho do: dormir, sornar, “xonar” e por aí… não sendo por isso considerada como pechincha. Enfim… Este percalço fortuito, graças a Deus, fez do restante do meu domingo um corrupio. Resumindo: Ele foi pequeno-almoço, um instantinho para a bonecada da ordem, vestir o fato de banho no “cem à hora clube”, após uma higiene matinal menorítica, o envergar de um vestido (vestido é uma daquelas coisas que antes de ser já o era tal como pescada) fresquinho para compor o ramalhete, o arrumar a tralha de praia e, lá fomos nós em tom de risota e numa de “na boa vão eles” para a Ilha de Tavira; O meu pai tem uma paixão assolapada pela formosa Ilha e, quando o meu tio padrinho Miguel lá está então nem dá para falar noutro destino, senão aqui D’el Rei, pois tudo é sacrílego. Mal desembarquei ou melhor que pus o pé no cais do outro lado da ria, marchei a ritmo acelerado para a praia mesmo ali à direita do ancoradouro dos vaporettes e mesmo coladinha ao cais. Foi ali que montámos arraiais e demos o primeiro banho do dia com sabor a cloreto der sódio e outros tipos de iões positivos, negativos ou neutros quem afinal se quer importar com isso, nesta situação e, mais importante, na minha idade; Salvé Deus que inventaste a água salgada. E, bem-dito sejas nessa Tua magnificência. Facto: Com estas manobras todas já passavam das 13:00 horas. Assim, e para não atrasarmos nem o padres nem a procissão, demos mais uns “mergulhaços” rapidinhos pois a água estava de partir ossos: Gelada, geladinha o que não foi impedimento de maior no que concerne a minha excelsa pessoa. Tremuras colmatadas pelo rigor da acalmia vigente àquela hora do dia e pelo embrulho “atoscalhado” na toalha de praia e o posterior estiramento ao sol, começou, atabalhoadamente, a tarefa do “arruma o estojo” e do “toca a andar que se faz tarde”. Arrastando o passo, penosamente, pelo passadiço de betão que irradiava um calor sufocante, e debaixo de um calor inclemente, cumpriu-se, a custo elevado, o espaço entre a praia do cais e o restaurante Pavilhão da Ilha, onde se iria processar o almoço e, onde trabalha o Filipe Cuco, amigo do meus pai das pescarias e outras cenas e aventuras carnavalescas de outros tempos que não o meu, graças a Deus! Arrumadinhos, comme il faut, na mesa, cardápio decidido e de gargantas refrescadas; um par de imperiais e um meio litro de água fresquinha, aguardámos pacientemente, haja paciência nesta Ilha que Deus criou para desobedecer ao stress ou quebrar as leis do mesmo, pelos pratos escolhidos saírem da ditosa cozinha ou um similar a isso mesmo que para o caso se torna irrelevante e com que só se importa a A.S.A.E, pormenores, não acham?... Eis que chega a minha sopinha de legumes e o sargo escalado, grelhado na brasa, acompanhado por uma espécie de batatas a murro e salada mista, não montanheira. Comi, vorazmente, a minha sopa que, digasse, estava deliciosa e ajudei os meus papás com a dura tarefa de rapinar o sargo até à espinha que, regado com uma sangria de vinho branco, finórios os meninos, e um ice tee de manga para o Je, não se revelou uma tarefa árdua. Sobremesa, ninguém quis. Assim, dois cafés e a conta deram conta do que restou do almoço. Alfim, eu e a mãe ou a mãe e eu, seguimos caminho para a casa, arrendada, da tia Bleca e do tio padrinho Miguel, para um ratito de descanso e aguardar pela lenta digestão do repasto, isto sob o meu ponto de vista, está bem claro, não é?... Duas horas e meia… Valha-me o santo… O meu pai não quis saber de descanso. Do restaurante meteu a primeira e todas as outras e fez uma directa à cabeça do molhe onde, alegadamente, o meu tio padrinho Miguel estaria a pescar – fala-se de pescar e o pai perde o trambelho. Seguimos caminho disse eu mas… bem, mas temos que introduzir uma leve correcção ao seguimos pois não se processou bem assim ou pelo menos tão direitinho assim. Parámos. Óooooo aonde é que está a admiração? Não quis fugir ao rigor da verdade até que o rigor dela depende muito do ponto de vista de quem a chama a si, de quem dela se quer fazer dono e senhor. Sim! Parámos no parque em frente ao Parque de Campismo, onde dei umas escorregadelas no escorrega e algumas mais cabriolas inofensivas; ajuda no processo digestivo, e só depois, aí sim! Seguimos caminho para o destino final. A tia Bleca estava ausente e, logo a brincadeira continuou. Porém, com a chegada da tia logo outro galo cantou – ela quando quer sabe ser severa e autoritária, nem precisa falar, um olhar basta. Logo, tive que sossegar e descansar. Finda a hora do repouso, regressámos à praia do cais, na praia do mar as ondas estavam enormes; segundo a tia, onde tomei mais umas banhocas, quer de água quer de sol. Distraídas e entretidas não demos pelo senhor tempo “o inclemente” passar. Foi preciso aparecerem os pescadores, o meu tio e o meu pai, acompanhados pela ordem de retirada para que caíssemos em nós. Arrumar, barco, carrinha, casa e prontos… Zzzzzz (estava podre de cansada e nem sabia)… tÓ mAnÉ (in Laura Solange dixit) - 2013.06.(22,23)

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