segunda-feira, 24 de março de 2014

Na gaveta

Quando, nua, sobre a cama, a contemplei Voluptuosa, voluntariosa, Insinuava-se!... Olhei-a, lascivo, e, Desnudei-me, também. Dei-lhe as costas Abri a gaveta da cómoda E, de um canto, escondidas na vergonha, Retirei a venda e as luvas de cetim, negro, Como a recôndita escuridão, Do profundo dos meus desejos Que, há muito, adormecidos, Aguardavam ocasião. Entreguei-lhas e, Submisso, entreguei-me, Cedi-me, libertei-me! … À sua mais oculta, mais perversa, Imaginação. tÓ mAnÉ Style

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