Alma, eu perco-me nas águas que se misturam na boca da barra… lá rodopias a meu lado, porque lá eu sou doce e sou salgado…
São as águas que nos unem, tu, mais que tudo, sabes que para seres feliz tens que correr para a água e, eu sou água e eu sou maré; tanto vou como venho, tanto encho como vazo... lembras-te: sou algo, sou o teu amigo intermitente... e a solidão que nos percorre a alma, Alma, é a mesma! a tua corre insatisfeita a minha anda ao sabor das fases da lua, ora se enche de ti ora de ti se vaza...
Alma, por que te aproximas tanto da minha alma? Tão perto que quase deu para te estreitar entre os meus braços, te aproximar, doce e perigosamente, de mim, para sobre a tua boca, de água salobra, um beijo pousar.
tÓ mAnÉ
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