sexta-feira, 22 de julho de 2011

Poemas


Gostava de saber escrever
Aquele poema gostoso
Que tu lês devagarinho,
Suspirando de quando em quando,
Parando um bocadinho
Ou lendo, de supetão, até lhe encontrar o fim.
Deixando lânguido e saciado,
Alquebrando o ar guloso, desse corpo atrevido,
Encarcerado firmemente nessa alma de alfenim.
Ao amor fiz um poema,
E dei-lhe a vida,
Na vida que o poema tem,
Quando não tem o amor
Do qual a inspiração provem.
Vida e Amor;
Poesia de quem, nas veias,
Nem a prosa sustem.
Porém, é do coração,
Bem lá do fundo
Que cada palavra vem,
Como um suspiro
Que grito queria ser,
Mas a alma fraca, já não tem
Força para gritar, nem, tão pouco, sustê-lo.
Sai, apenas porque sai,
Evaporando-se, sem chegar ao amor,
Permanecendo teimosamente na vida.
São estes os poemas
Que minh’ alma tem,
Anda... vem, vem...

tÓ mAnÉ

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