sexta-feira, 22 de julho de 2011

Só para ti…

E assim as nossas almas,
Vagueiam sem saber,
Entre a morte e a dor,
Vivendo sem viver,
A morte que ao nascer
Já chama no seu viver.

De mim nada sei
De ti tão pouco
Mas da vida escrutino
Algo de tudo
E de tudo um pouco.

Sei que nada sei
Mas do véu
Que levantei
Vislumbrei a tua sombra
Que na água desenhei.

Porém, o sopro do vento
Tua imagem roubou
Sobrou o sonho
Que de beijo em beijo
Em ti pousou.

Se uma nuvem eu fosse
Sobre ti choveria
Uma chuva de doce vinho
Lavando o amargo da vida
Neste rio de mosto tinto.

Antes que me vá
Deixa-me dizer
Que sem de ti ajuizar
Me apraz de te ouvir
É aquele lá, lá,lá,...
Que me embala ao dormir.

tÓ mAnÉ

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