O desejo existe! Encontra-se sempre na porta da frente da nossa vida, não pode ser exorcizado, contudo na sua dissemelhança com os outros sentimentos; o desejo é um sentimento - sentido de querer elevado ao nível da contumácia - coabita em fremência com o estar de cada instante e projecta-nos contra nós na sua incoerência enquanto vontade. O desejo na verdade é a vontade, mais ou menos, reprimida, chegando mesmo “in extremis” a atingir o nível da frustração, sendo que o desejo de cada um, eventualmente, pode colidir com o de outrem – realização máxima (apoteose do ser) do assimétrico.
E se esse desejo, provem do amor temos o sublimar do querer no sentido, sem perverter a imagem do sonho de cada um dos opostos; explosão e implosão dos sentidos.
tÓ mAnÉ
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