sexta-feira, 22 de julho de 2011

... por dentro...


Imagina um paraíso...
Abre as asas e voa,
Voa até lá.
Observa-o bem
Fecha as asas e pousa
Pousa para ficar.
Aqui, tu...
Tu não és só tu,
Lá, tu...
Tu és só tu
E o teu olhar repousa
No denso silêncio da noite
Que te envolve o sono.
Aí, eu abro a porta de ti
Invado o teu ser
E, aconchegado, bem lá no fundo,
Pleno de mim em ti
Chamo! E volto a chamar…
E a cada chamamento,
Ouço, em resposta, o tamborilar dos teus dedos
Sobre esta minha abjecta couraça,
Todavia, não os sinto.
Chamo, torno e retorno a chamar,
Grito mesmo; desespero
E aí,
Oh meu Deus! És tu?
Estás aqui, tocas-me?
Tua mão pousa na minha,
O meu coração, ribomba, no peito,
Ao som do rufar de mil tambores,
Agarro-a bem, não a posso perder, e penso:
“Encontramo-nos no paraíso,
Vivemos no dia a dia
E amamo-nos
Na ilha da fantasia.”

tÓ mAnÉ

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