sexta-feira, 22 de julho de 2011

Outra forma de marginais


Nasceram já sem consciência,
Tiveram uma mãe e um pai,
Lar, infância e amigos que perderam.
Sua mente pervertida e diabólica,
Não conhece pudor nem virtude,
Destruí tudo e todos.
Filhos de ejaculações precoces,
Paridos antes de tempo,
Sem consciência formada,
Vieram ao mundo,
Só para rasgarem os ventres das mães.
Nasceram, sorrindo de escárnio,
Monstruosidades sem alma,
Vestem como Homem, mas...
São vermes; sanguessugas implacáveis.
Deitam-se em palheiros de espuma,
Comem, de faca e garfo, em manjedouras,
Organizam orgias em pocilgas de mármore;
Sexo e amor servidos na mesma mesa,
Muco vaginal; esperma seco
Derramados no lençol da vida.
Escandaloso bordel conjugal,
Rituais de acasalamento,
Taças de champanhe perdidas
Na alcova de criaturas proibidas.
Charutos de tabaco cubano,
Whisky escocês do melhor,
Carros de marcas conceituadas;
“Topo de gama por favor”.
Mulheres...
Dinheiro esbanjado, atirado no chão;
Compram tudo: amor, ódio e posição,
Assinam cheques com a outra mão.
Morrem de enfarte em cama alheia,
Um funeral, ultimo disfarce,
E na mortalha... vai bem exposta
A farsa, de uma vida que não é a vossa.
Montes de merda flácidos,
Obesos e macilentos,
Trastes sem forma e dementes,
Vivendo em mundos lamacentos,
À margem, do ideal de quem é gente.
Vós, que não tendes sido paridos,
Mas sim cagados, parai!
Abri os olhos, pois tende-los fechados.

tÓ mAnÉ

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