sexta-feira, 22 de julho de 2011

Objectiva fotográfica


Há pessoas que fotografam olhando o objecto visado, focando e clicando, preocupam-se em captar o momento, um instante, efémero, nestes casos a objectiva posiciona-se em frente da face, tapando-a, deixando escondido o verdadeiro plano, aquele que mais interessa, ficou como que relegado para o plano do infinitamente "esquecido", no "back ground" da lente, inexoravelmente fora do plano de alcance do “click”, ou seja o verdadeiro "eu" deixou a sua dimensão, cedeu-a, amavelmente (passe o eufemismo), ao "não eu"; sonega-se a si próprio o que de próprio há em si!... revela-se o instantâneo, o momentâneo, deixando oculto o "rolo" de emoções que premiram o botão mágico das revelações irrelevantes. 
No teu caso; não esquecendo a faceta anterior que é retratar o mundo à tua maneira, o objecto da tua objectiva és tu, o “click”, é um “click” surdo, vindo do âmago, que retrata a alma na sua mais poderosa faceta: a visão do "eu" pelo "eu", sem estropiações de cariz extrínseco apenas insta o intrínseco puro cru e nu, impudente! de seguro e na paz de quem alcançou na sabedoria de si a satisfação de saber viver com o seu "eu" em paz. O "real world" vive em nós e muitas são as vezes que percorremos distâncias absurdas para literalmente: mijarmos ao pé dos pés, por outras palavras a felicidade e a paz estão connosco, e por muito que façamos percurso elas estão sempre lá, vão e vêm conforme deambulamos pelo mundo. Assim tu és, vás para onde quer que vás levas ou trazes a paz e a felicidade contigo! Pagas este preço, o preço de sabermo-nos "nós"! e, é tanto mais baixo quanto mais elevado foi o custo de aprendermos a sê-lo.
A lógica não interfere neste processo, a sorte outrossim não! contudo o esforço e a abnegação, sem limites, sim! e aí, tu não poupaste nada, antes, investiste tudo!
Orgulhoso de ti, eu sou e sinto. Mulher, tu és fumo de sonho!

tÓ mAnÉ

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