sexta-feira, 22 de julho de 2011

Tormenta


Tormenta!...
Tempestade!...
Rio sem esperança,
Do mar alcançar.
Deserto; rio de areia cálida,
Sonho de água sem mar,
Voando; milhões de beijos lancinantes,
Atropelam-se em frenesi
Para
Terra, mar e céu alcançar.
Dia cinzento, vento a uivar,
Chuva cuspida no chão,
Gorgolejando na sarjeta,
Gritando em desespero:
“Mar, mar...”
Tempestade!...
Tormenta!...
Água revolta
Correndo, negra, pela pendente
Desenfreada abocanha,
Sem piedade nem paixão,
A alma da terra e sua gente.
Qual cavalo de vento
Qual sol ardente
Turbilhão infernal
Despropósito com propósito
Oh Deus!
Só Tu as sabes domar.

tÓ mAnÉ

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