sexta-feira, 22 de julho de 2011

Será que vale a pena?...

Assim, quando viver não passa...
Sim!... não passa de um...
Abrir e fechar de olhos,
Comutar de um interruptor,
Fundir de uma lâmpada,
Furta-cores dissimulado e distraído,
Estilhaçar estrídulo de partícula no vácuo,
Copo de vinho chorado em recato
Pão, na sola, queimado
Sabor a fel vomitado
Grito que se solta ao vento
(Alquebrando a quietude de existir)
Vida em branco e porque branca
Não tem tempo nem espaço
Relativizando-se a outra dimensão
Que não a coexistência em harmonia
Entre quatro tábuas de um caixão.
Enfrentar a luz de cada dia,
Acariciar a lua de cada noite,
Olhar a terra... e pensar...
Será que vale a pena?...
Ou será pena, o rugido
Aquele que explode e se liberta na noite,
Quando a dor, lancinante, estrangula o sonho,
Libertando o espaço ao medo,
Medo que o escuro escureça,
Em coração ainda criança,
Fazendo estremecer de inquietude,
Rodopiando de terror em contra-dança
Apaziguado, seja só
Por embalar de terno e doce seio
Colo, refúgio de outrora, porto seguro
Até o explodir da aurora.
Será que vale a pena?...
(Semelhante destemperança…)

tÓ mAnÉ

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