Projecto-me no futuro,
O que vejo?
Uma imagem sombria;
A vida!
Edifício sem alicerces,
Levando ao engano, ao abismo.
Vejo, ainda, claramente,
Esta permanente névoa do passado,
Inscrita no presente,
Recordando, a cada momento,
A alegria e o sofrimento.
Vejo, infelizmente,
Uma aguarela fria e morta...
Policromia da ignomínia das gentes!
A mentira em cada face,
Escarnecendo de toda a gente.
Vejo, sem regozijo,
A mulher que chora
Olhando, sua silhueta nua, ao espelho
Recordando, em seu corpo decadente,
A flor da juventude perdida.
O colapso social, em cada canto,
Honestidade, moral e integridade,
Regras que ninguém cumpre.
Vejo, a cada momento,
A farsa, o drama;
Pantomímicas ao virar da esquina.
O choro sufocado,
A lágrima que não rolou,
Pérola de uma face endurecida,
Que a vida não bafejou.
O trabalho feito a contra gosto,
Salário, parco, de uma vida.
A casa vazia, cheia de gente,
Solidão do dia pela noite dentro.
Agonia da morte em vida
Entranhada no ventre.
Vejo, retratado a sépia,
Sexo, reprimido pelo código social,
Realidade que por morta à nascença,
Não chegou ao corpo, prevaleceu na mente.
A criança de braços estendidos,
Implorando amor e tempo.
O velho, sentado, que olha a vida,
Esperando, desiludido, na morte a liberdade.
A vida pesa, agarra
E... com braços austeros,
Embala e projecta os filhos do mundo,
Aí então caídos, ainda pequenos,
Sem defesa, leme ou rumo,
São barco à deriva em mar revolto
E, sem promessa cumprida...
Chega num ápice a morte!...
Uma imagem sombria;
A vida!
Edifício sem alicerces,
Levando ao engano, ao abismo.
Vejo, ainda, claramente,
Esta permanente névoa do passado,
Inscrita no presente,
Recordando, a cada momento,
A alegria e o sofrimento.
Vejo, infelizmente,
Uma aguarela fria e morta...
Policromia da ignomínia das gentes!
A mentira em cada face,
Escarnecendo de toda a gente.
Vejo, sem regozijo,
A mulher que chora
Olhando, sua silhueta nua, ao espelho
Recordando, em seu corpo decadente,
A flor da juventude perdida.
O colapso social, em cada canto,
Honestidade, moral e integridade,
Regras que ninguém cumpre.
Vejo, a cada momento,
A farsa, o drama;
Pantomímicas ao virar da esquina.
O choro sufocado,
A lágrima que não rolou,
Pérola de uma face endurecida,
Que a vida não bafejou.
O trabalho feito a contra gosto,
Salário, parco, de uma vida.
A casa vazia, cheia de gente,
Solidão do dia pela noite dentro.
Agonia da morte em vida
Entranhada no ventre.
Vejo, retratado a sépia,
Sexo, reprimido pelo código social,
Realidade que por morta à nascença,
Não chegou ao corpo, prevaleceu na mente.
A criança de braços estendidos,
Implorando amor e tempo.
O velho, sentado, que olha a vida,
Esperando, desiludido, na morte a liberdade.
A vida pesa, agarra
E... com braços austeros,
Embala e projecta os filhos do mundo,
Aí então caídos, ainda pequenos,
Sem defesa, leme ou rumo,
São barco à deriva em mar revolto
E, sem promessa cumprida...
Chega num ápice a morte!...
tÓ mAnÉ
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