Levanto-me, abro a janela
Deixando a fragrância da noite entrar,
Inundando o quarto de luar
E de um silêncio conspirador.
Ligo o rádio,
Arrasta-se uma música suave e indolente,
Deixando o quarto envolto numa apatia,
Dormente, morna e candente,
Isolando-me do mundo exterior
Borbulhante e efervescente
Como “alka-seltzer” em copo de água.
Oiço o rebentar das ondas,
Cadente e sistemático,
O arrulhar da noite,
O tráfego que passa
E... eu aqui sozinho,
Triste e enfadado.
O malfadado sono não chega,
O último borguista, já regressa a casa,
A manhã, tímida, ergue-se,
O primeiro raio de sol enche-me o quarto;
Mais uma noite em branco...
Maldita insónia!...
tÓ mAnÉ
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