terça-feira, 19 de julho de 2011

Alguma vez na vida

Apagou-se a luz...
O silêncio caiu sobre mim...
Grita! explode! que fazer?
Tenho medo! a fase escura vem aí,
Não aguento, sinto os braços caírem,
Rendo-me sem luta
A vida é assim?...
Olho-me de fora para dentro,
Como se estivesse no exterior,
Vejo a minha imagem; espelho de ninguém.
Eu me procuro no escuro, chamo por mim
E... não está ninguém.
Dói-me o peito de chamar pelo meu nome,
A resposta demora, a bóia vai vazando,
Afundo-me, chamando por mim.
Choro por dentro, sorrindo aos outros;
Onde andas? Este mundo não é teu!...
Quem procuras? Se procuras?... Nem sabes!...
Chora pois! Afirma-te numa lágrima;
O mar é salgado e...
Nem por isso, deixa de ser grandioso e profundo.
Eleva-te! Ergue-te! Como uma onda,
Bate na areia, desmaia lentamente...
E ergue-te forte e bate... bate coração.
Sou imagem perdida,
Uma noite na vida,
Um comboio parado,
Uma flor esquecida...
Pára! Chega, olha em frente,
Sobe como balão, de hélio prenhe, ao vento,
Explode na calada da noite,
Na privacidade da solidão.
Olha além! Um galo canta, anuncia a aurora...
Canta, canta, que canta, enquanto eu… choro de mansinho.
Vou ter que ir trabalhar,
Um dia a mais, um soluço a menos...
Amanhã, que é hoje, vou trabalhar...

tÓ mAnÉ

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