quarta-feira, 20 de julho de 2011

Crianças

Acordo já manhã alta
Com o bulício das crianças.
Levanto-me, espreguiço-me
E caminho de encontro à janela,
Volto a espreguiçar-me,
Enquanto as observo,
Através da vidraça, a brincar.
Crianças...
Volteiam, correm e gritam,
No adro da Igreja,
Num atropelo constante,
Lutando contra o tempo.

tÓ mAnÉ
Observo-as do meu esconderijo,
Andam em círculos,
Movidas, aparentemente,
Por motivo nenhum
E o espaço que as envolve perde-se,
Os minutos, séculos na sua existência, passam
Enquanto na sua ingenuidade,
Saltitam ali e acolá.
Mais uma volta, um grito e um amigo,
Um berlinde, uma carica,
Um pontapé na bola,
O lencinho da botica,
Cabra cega... eu sei lá...
Reina a incredulidade, a confiança,
A amizade e a inocência.
E, através do meu vidro sujo,
Com saudade recordo
O que os Homens esqueceram:
Ser criança.

Sem comentários:

Enviar um comentário