Cai a noite, …
O mar esmaga-se na falésia
Entregando sua espuma
Que, em doce deleite,
Se entrega ao maciço basáltico,
Explodindo num orgasmo de água e pedra,
Estremecendo os corpos; amorfos e saciados
Em explosões negro/água.
No cume, …
A fálica afloração
Desflora os céus
Que, em esbatidos de azul e cinza,
Se derramam sobre ela
E languidamente lhe ofertam
As profundezas místicas que os cercam.
O sol já se deita sobre o mar
E o “bum-bum” contínuo
Do amor, falésia/espuma,
Desperta a libido e a lascívia da lua cheia
Que, atrevida e impudicamente, se insinua
Procurando, de mansinho,
Sobrepor-se e justapor-se ao sol
Que, face a semelhante atrevimento,
Terna e insinuantemente se deita.
tÓ mAnÉ
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