Presos no seu corpo de palha,
Expostos ao tempo
Incólumes à inclemência,
Dia e noite sem reclamar.
Resignados, os espantalhos,
Guardiães da Terra através dos séculos,
Afastam as criaturas nocivas
Que devastam as culturas e civilizações.
Vestindo fatos andrajosos
Escondendo a generosidade da alma
Ostentando chapéus rotos
Cobrindo mentes órfãs de mal.
Os espantalhos,
Abrem os braços vazios de mãos
E erguem-se,
Senhores do seu papel.
Aí, bem no alto, da sua imponência,
De consciência tranquila
De quem cumpriu a missão
Contrastam,
Na elegância, sabedoria e nobreza
Com aqueles que,
De colarinho engomado,
Se dizem de Homens.
tÓ mAnÉ
Sem comentários:
Enviar um comentário