quarta-feira, 20 de julho de 2011

Chaves


Era uma vez umas chaves esquecidas “ once hapen a time”; duzentos Km (mais milha menos milha), duas horas de auto-estrada, um pequeno incómodo, por uma óptima recompensa…
Está?... sim, olha esqueci-me das chaves; estou fechada na rua, bla, bla, bla,…
Não stresses… veste o teu vestido (o mais sexy), alinda o miúdo e dá-me duas horas… P.S. escolhe um restaurante XPTO.
Tomo um banho, rapidinho, visto-me a preceito, escolho uma muda de roupa adequada ao dia de trabalho; estou a pensar no amanhã, fecho a porta e … rumo bem definido … afinal para além de tudo a minha família, a minha companheira, a minha melhor amiga, está “en”merdada, por um lado é mais uma oportunidade impar de estar mais uns preciosos momentos com eles e… com ela.
Duas horas e meia depois; cheguei atrasado, porra! parei para beber um café na estação de serviço… Olá! Estás linda. Uns kissinhos rápidos e brejeiros, aqui estão as suas chavinhas… onde vamos jantar? Estou que nem posso…
Jantar a três é sempre uma bênção, trocam-se palavras banais, confidências e olhares cúmplices velando desejos; que cada um entende como a alma lhe voa … paga-se a conta. Já é tarde; hora do João Pestana, vamos para casa?… olha-se o céu, cheira-se a noite e a brisa percorre-nos o corpo causando um agradável arrepio de uma sensação qualquer que não frio … é a sensação do bem estar quando tudo está bem e termina bem.
Já deitado, contigo o que é um privilégio e um luxo também, saboreando a tua companhia, sinto-te o respirar pesado de quem caiu na cama e exausta, entrou no paraíso dos justos, mais um olhar à tua silhueta, quase nua, esbelta e cansado ainda acerto o despertador do telemóvel para as 5:00 a.m., volto a olhar para ti, repousa em ti doce convite… não me lembro de mais o sono levou-me sorrateiro para o mundo dos sonhos embalado no teu cheiro.
Pi, pi, pi, salto na cama bloqueio o telemóvel, não te deixo acordar, tomo um banho rápido, dou-te um beijo quase indelével, e sigo o meu caminho de volta. Paro na estação de serviço mais próxima do destino final, tomo o pequeno-almoço, vou à casa de banho, mudo a roupa; visto a roupa de trabalho, e bebo um café… trabalho aqui vou eu.
Isto, não quer dizer que, se pudesse não te estaria a enganar-te dois dias depois, o que não teria qualquer importância, pois afinal e no final a minha mulher, a minha companheira, a minha amiga, aquela de quem eu mesmo quero e gosto és mesmo tu, o resto não passaria de mais um sonho inconsequente, pois o sexo é isso mesmo uma inconsequência com consequências, e como não sou mentiroso… omitia!
Quando, pela manhã, acordasses tinhas um bilhete em cima da mesa dizendo: “foi um prazer e um privilégio poder estar contigo mais um instante, sentir o teu corpo e o teu perfume, ainda que breve mesmo que inesperado e por isso mesmo; obrigado.”
O teu… 

tÓ mAnÉ          

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