segunda-feira, 18 de julho de 2011

A ilusão

Abro os olhos,
Tentando libertar a alma.
Abro os braços,
Tentando voar para o mundo.
E, assim, caí em ti
Centelha de mim.
Olhas-me!...
Lenta e languidamente aproximas-te,
Estendes-me os braços,
Afagas-me o rosto,
Beijas-me a face.
Incauto,
Mergulho num profundo torpor,
Fecho os olhos... e adormeço...
Quando acordo
Estou sozinho no quarto,
Partiste!...
Alfim,
Tudo não passou de um sonho,
Tudo não passou de vã ilusão,
Uma ilusão... uma efémera e triste ilusão.
Uma ilusão de ser “Eu”.

tÓ mAnÉ

Sem comentários:

Enviar um comentário