segunda-feira, 18 de julho de 2011

A inquietação

Sinto um nada a encher-me o corpo
Um nada... Um nada sem forma,
Mas ocupando um enorme espaço,
Uma imagem flutuando; sem rosto
Um paraíso deposto,
Um vazio.
Sinto uma inquietude a sacudir-me o espírito
Uma falésia, abismo ou precipício,
Um Éden vermelho e roxo...
Talvez uma queda no espaço
Um estilhaçar de espelho
Um nada.
Sinto uma insatisfação roendo-me a alma
Uma paranóia fria
Um farol guiando ao engano
Uma mão chamando
Um farrapo humano
Um medo.
No entanto, sinto...
Uma esperança saindo-me das mãos
Um nada enchendo-me um vazio
Uma quietude quebrando o medo
Uma força sobre-humana
E, no corpo, espírito e alma
Uma enorme segurança.

tÓ mAnÉ

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