segunda-feira, 18 de julho de 2011

A quem devo tudo


O tempo vinca-nos, indelevelmente, a alma,
Leva-nos as ilusões; sonho a sonho…
Deixa-nos a saudade; forte sensação de que algo mais poderia ter sido feito…
Tempera-nos os dias; dia a dia…
Cria-nos as alegrias, as tristezas; sal e pimenta…
E… as rugas; a sabedoria, a sensatez…
Aguça-nos os sentidos; alerta, o saber sentir…
Traz-nos as memórias e essas, enquanto intemporais,
Dão-nos os valores; valores para a vida…
Aqueles que recebemos
E… que de geração em geração,
Todavia moldados/adulterados à época (novas são as realidades),
Procuramos de uma forma, quase atávica, transmitir,
A quem nos segue e prossegue; tarefa árdua, contumácia direi…
A vós, enquanto Pai, Mãe e Amigos, coube-vos essa dura missão…
De vós fiz referência, marco, padrão e farol…
Dentro da minha irreverência, claro! …
Que, no fundo é a vossa,
Aquela que, no fundo da gaveta, cuidadosamente foi ocultada,
Porém transpirou, os poros da madeira conspiraram; exsudaram-na…
Entranhou-se na minha pele, como um creme de beleza,
Moldou-me suavemente a existência.
A vós…
Que tudo e em tudo tenho a agradecer
A vós…
Que ontem, hoje e amanhã rasgaram as minhas inquietudes, tristezas e dissabores,
Sublevando as minhas alegrias, conquistas e vitórias
A vós… que…
Ontem lembro com carinho, hoje abraço e amanhã olho embevecido…
Devo um mundo de tudo… Obrigado!...
Quem me dera ser o Pai, a Mãe e os Amigos que tenho…
Obrigado! … Ontem, hoje e amanhã.

tÓ mAnÉ    

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