quarta-feira, 20 de julho de 2011

Contradições


O meu corpo... é uma tempestade
O meu coração... uma tormenta
Os meus olhos... um lago
E o meu sorriso... um lamento.
Trago, nas mãos como um fardo,
Esta sem vontade
Que me projecta em frente
Nesta caminhada sem rumo
Que é a tristeza que sinto.
Para trás vão ficando
Sorrisos e amores perdidos,
Mágoas e dias vazios,
Golpes profundos, também
E, a alma, que de ferida, já sente
O machado, verdugo, outra vez a vibrar.
Estendo as mãos o mais que posso,
Agarro, fortemente, um pensamento
Que logo, o ar, algoz diluí
O acordar do sentimento
Que em acorde; dó maior, melancólico
De um ferimento sai.
Toca, suave, meu corpo novamente,
E macio como veludo,
Faz-me gelar nas veias o sangue,
Ouvir agudo grito
E, sentir que, ao acordar,
Não tinha nada mas tinha tudo.
Vejo a lua chorar, ao abrir da noite, no céu
O que na terra, por vergonha, não faço
Emmentes, em sonho
Vislumbro o meu olhar perdido e distante
A chorar no teu olhar
Abafando esta forma de sentir,
Com a qual,
Não ouso sequer sonhar.
Oh, meu Deus!
Para quê tanta amargura,
Para quê?
Mostra-me o caminho certo
Que já não aguento,
Sinto o coração dilacerado
E a alma num ingente padecimento.

tÓ mAnÉ

Sem comentários:

Enviar um comentário