Ainda sinto o teu cheiro
Entranhado na minha pele
Dilatando-me as narinas
Pese embora os anos volvidos;
Fedia a ti e eu...
Gostei!...
Lembro, agora,
Com a mesma intensidade o dia,
Daquele primeiro encontro fortuito
Diante de duas chávenas de café,
Para mim, as únicas testemunhas.
O aroma forte do café,
Não conseguiu disfarçar
Esse teu odor intenso
Que, sem licença expressa,
Entrou e se impregnou em mim,
Sem pudor nem vergonha,
Explodindo-me emoções
Que, então, não ousei decifrar.
Foram curtos momentos,
Contraditórios pensamentos,
Rodopiando...
O mundo parou naquele instante.
Quando, por fim, caí em mim,
Já havias partido, deixando para trás
Um turbilhão em movimento.
Corri estonteado, para a porta
Fiquei, estático, a observar-te
Confiando aos meus botões...
Quanta harmonia, meu Deus!...
E, ousei, por um instante, pensar:
“Um dia serás minha”...
tÓ mAnÉ
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