quinta-feira, 21 de julho de 2011

Há horas... e dias...

Há horas tão lindas,
Leves como um sonho bom,
E eu...
Estou aqui nesta agonia
Sentindo-me fraco e doente.
O meu sol
Lâmpadas fluorescentes
O meu céu
Tecto de corticite
O meu horizonte
Paredes brancas.
Sinto-me...
Como sepultado
Olho em frente...
A merda é mesma!
Armários, secretárias, cadeiras e papéis.
Porra que sufoco;
É deprimente!
E o ar condicionado?
Soprando obscenidades ao meu ouvido
Que, aqui, nem ouso repetir.
É assim...
Um gabinete fechado
Olhando para mim
Repetindo continuamente:
És pássaro em gaiola,
Não podes voar,
Só a mim pertences,
Pára, pára de imaginar;
Liberdade, vida e mundo
Pois a tua realidade é esta
É bem curta,
Aqui enclausurado”.

tÓ mAnÉ

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