Eu escrevo como
se um quadro, uma tela pintasse, porém não sei pintar.
Primeiro risco o
fundo, depois o supérfluo, ao qual adiciono o essencial, para só no fim juntar
o empírico com salpicos, laivos e manchas desagregadas de curtume fundamental.
O narrador, está
nos pormenores, a mensagem, difusa, mas sempre no plano principal, muitas
vezes, e para incautos, junto uma parte a que chamo “diversão”, que nada traz ou acresce à peça, mas um olhar mais
atento vê a luta pertinaz, objecto de escolha cuidada e atenta, pois, ela a
diversão, de moldura faz.
Eu escrevo, como
se a vir me estivesse, pois ejaculação, aqui, não satisfaz!...
Vir que por de
mim “corre, jorra”… e não se solta…
este é o processo, o percurso, que a minha escrita, em trilho sinuoso, “pré-corre” antes de, na tinta, os dedos
manchar e no papel as palavras, soltas, inoculas, invectivas, plenas,
intencionais, intuitivas, emocionais,… gravar.
tÓ mAnÉ Editions
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