Assim, neste
vazio
Que eternizo,
numa manta,
Cheia de palavras
Ditas, não
escritas.
Faço soar o
eterno sino
Que nas laudas
Chama à oração
Aqueles que no
vazio
A alma deixam,
Por sorte do
destino
Ou destreza da
desgraça,
Descalços,
Percorrem o
caminho de pedra fria
Cuja única luz é
a vela que os alumia.
E, assim,
Nesta lúgubre
procissão,
Do santo ao
pecador,
Todos nela vão.
E eu, que em ti,
um vazio deixo,
Vou na frente,
Firme a cada
passo,
Pois sei, que de
um valor vazio,
Não passo.
E assim vou
marcando o passo,
Sincopado a
compasso
Espaço a espaço,
Que da pessoa o
vazio deixa,
No seu valor,
Que, como de
bitola, o fosse,
Na vida e na
morte,
Assim não o
deixasse,
Patente e, em
devassa, exposta,
A medida do seu
trajecto;
Límpido ou abjecto...
tÓ mAnÉ Style
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