domingo, 14 de julho de 2013

O alvorecer

Acordei.
Esfreguei os olhos
Estremunhado, procurei por lucidez.
Abri os olhos
(será possível acordar de olhos fechados?!...)
Acendi a luz do candeeiro,
Olhei no mostrador do despertador
Este gritava-me aos olhos: 06:25 a.m.
Era cedo para me levantar
Todavia, tarde para dormir.
Preguicei manhoso
Apaguei a luz
Rebolei na cama
E, já sem posição,
Cuspi um impropério qualquer.
Peidei-me em estereofonia
(como se isso fosse humanamente possível)
Afofei a almofada
Tentei, juro que tentei, adormecer.
Deu-me a caganeira
Levantei-me
Caguei, mijei e higienizei.
Voltei à cama: 07:05 a.m.
Já na cama, e a meu lado,
A mulher dorme profundamente,
Qual saco de batatas ofegante.
Toca o despertador, pipi-pipi, piiiiiii…: 07:30 a.m.
Maria, levanta-te!
Volto-me para o lado esquerdo
Entorpecido, bato a pestana
E, entre um ai e outro
Do meu corpo dorido
Perdido, em pensamentos, adormeço.
Um abanão, dois abanões,…
Acordo embrutecido: 08:10 a.m.
Arre porra, apre!... Já se faz tarde
Salto da cama
Lavo-me, visto-me…
Não sobra tempo para espelhos
Como.
A labuta e a loucura do dia começam
Já é tarde!...
E, o mundo, impiedoso, lá fora não pára,
Não espera por mim,
Mas também não me abana.


tÓ mAnÉ  Style      

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