segunda-feira, 15 de julho de 2013

Sujeição


Após o fragor vem sempre o crepúsculo. Paradigma inquebrantável até que a vontade divina assim o intente. Paradigma este, que me deixa gravada uma imagem vadia, vagabunda, pairando em meu espírito como se de uma nuvem, que fica inexorável e eternamente esquecida no céu por falta do sopro leve e ténue do vento suão, se tratasse. Porém, momento fugaz, que se interrompe, destroniza, como um se de um grito de um sepulcro ou o suspiro de uma campa, de um jazigo, se desprendesse, elevando a temperatura do ar e desfazendo, volatilizando, o que o vento não teve a ousadia de fazer. Foi como se um arrebate de cinismo se iluminasse de repente e a intemporalidade da nuvem se esgotasse, se apagasse num breve instante. E, assim o meu espírito se chamou a si. E do sonho à realidade em menos de um estalar de dedos. Quem poderá controlar o que incontrolável é?... Quem poderá parar o imparável?... Incontornável esta sujeição às vicissitudes, aos caprichos e aos deletérios desígnios da mente e da alma de quem ousa dizer que nos comanda!... 

tÓ mAnÉ    Editions

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