Após o fragor vem
sempre o crepúsculo. Paradigma inquebrantável até que a vontade divina assim o
intente. Paradigma este, que me deixa gravada uma imagem vadia, vagabunda,
pairando em meu espírito como se de uma nuvem, que fica inexorável e eternamente
esquecida no céu por falta do sopro leve e ténue do vento suão, se tratasse.
Porém, momento fugaz, que se interrompe, destroniza, como um se de um grito de
um sepulcro ou o suspiro de uma campa, de um jazigo, se desprendesse, elevando
a temperatura do ar e desfazendo, volatilizando, o que o vento não teve a
ousadia de fazer. Foi como se um arrebate de cinismo se iluminasse de repente e
a intemporalidade da nuvem se esgotasse, se apagasse num breve instante. E,
assim o meu espírito se chamou a si. E do sonho à realidade em menos de um
estalar de dedos. Quem poderá controlar o que incontrolável é?... Quem poderá
parar o imparável?... Incontornável esta sujeição às vicissitudes, aos
caprichos e aos deletérios desígnios da mente e da alma de quem ousa dizer que
nos comanda!...
Fornication Under Consent of the King – Fuck!...
tÓ mAnÉ Editions
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