domingo, 14 de julho de 2013

Não sei!...

Perguntei a uma criança
A uma qualquer
O que é ser criança?
Por já me haver esquecido
Perguntei.
O petiz
Olhou-me, sorriu-me
(Como só eles o sabem fazer)
E, altivo na sua inocência,
Encolheu os pequenos ombros
E respondeu: Não sei!...
Torceu as mãos.
Sorriu.
Endiabrado, desafiador
O seu olhar,
Pousou no meu.
E, por sua vez,
Enrubescido, curioso pergunta
O que é ser adulto?
Paralisei. Por um momento paralisei.
Olhei. Sorri. Pensei… e pensei…
Vislumbrei, em seus olhos felizes,
A tristeza dos meus.
Emudeci.
E, absorto no silêncio dos pensamentos,
Fitando aqueles olhos expectantes,
Inquietos, reluzentes e acesos de vida
Sumi de mim.
E, quando às convulsões, regresso
À minha terrena condição
Acanhado, sem jeito, respondo: Não sei!...


tÓ mAnÉ   Style

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