Perguntei
a uma criança
A
uma qualquer
O
que é ser criança?
Por
já me haver esquecido
Perguntei.
O
petiz
Olhou-me,
sorriu-me
(Como
só eles o sabem fazer)
E,
altivo na sua inocência,
Encolheu
os pequenos ombros
E
respondeu: Não sei!...
Torceu
as mãos.
Sorriu.
Endiabrado,
desafiador
O
seu olhar,
Pousou
no meu.
E,
por sua vez,
Enrubescido,
curioso pergunta
O
que é ser adulto?
Paralisei.
Por um momento paralisei.
Olhei.
Sorri. Pensei… e pensei…
Vislumbrei,
em seus olhos felizes,
A
tristeza dos meus.
Emudeci.
E,
absorto no silêncio dos pensamentos,
Fitando
aqueles olhos expectantes,
Inquietos,
reluzentes e acesos de vida
Sumi
de mim.
E,
quando às convulsões, regresso
À
minha terrena condição
Acanhado,
sem jeito, respondo: Não sei!...
tÓ
mAnÉ Style
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