sexta-feira, 12 de julho de 2013

Vogando, livre, em alto-mar



Venho-te pedir, humildemente, perdão mulher. Venho-te rogar compreensão. Venho exaltar-te a misericórdia. Venho invocar-te a paciência. Pois estou ciente de não ser o que sonhavas e querias para ti, e que não correspondo às tuas expectativas, sou apenas humano e nada mais. Sei que não sou um pai esmerado, mas tento, tento arduamente, mais do que tu possas imaginar e mais do que aquilo que consigo e posso e, até mais do que aquilo que sei.
Como sabes, e de ti já se fez consciência há muito, o meu espírito, tumultuoso, vive em constante sobressalto, vive em tempestade permanente, navegando em alto-mar, umas vezes na crista outras na vaga da onda; quase, quase bipolar, voga livre, indómito, irreverente, impaciente, na esperança de um dia, quiçá, a paz encontrar. Seguro porém é o meu porto de abrigo e, esse, és tu mulher!... Obrigado!

tÓ mAnÉ   Editions

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