Venho-te pedir,
humildemente, perdão mulher. Venho-te rogar compreensão. Venho exaltar-te a
misericórdia. Venho invocar-te a paciência. Pois estou ciente de não ser o que
sonhavas e querias para ti, e que não correspondo às tuas expectativas, sou
apenas humano e nada mais. Sei que não sou um pai esmerado, mas tento, tento
arduamente, mais do que tu possas imaginar e mais do que aquilo que consigo e
posso e, até mais do que aquilo que sei.
Como sabes, e de
ti já se fez consciência há muito, o meu espírito, tumultuoso, vive em
constante sobressalto, vive em tempestade permanente, navegando em alto-mar,
umas vezes na crista outras na vaga da onda; quase, quase bipolar, voga livre,
indómito, irreverente, impaciente, na esperança de um dia, quiçá, a paz
encontrar. Seguro porém é o meu porto de abrigo e, esse, és tu mulher!...
Obrigado!
tÓ mAnÉ Editions
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