Plantaram-me,
quando nasci, um sonho, não um sonho qualquer, um sonho de sonhos.
Acarinharam-no, regaram-no, para que não murchasse antes mesmo de nascer.
Incutiram-me esse compromisso solene com a vida: o direito e o dever de ter um
sonho.
O
meu obrigado, antes de mais, a quem ousou plantar-me essa ingente semente, que
o acaso ou por um acaso vingou, abrolhou, nasceu, cresceu e converteu-se numa
forte convicção, numa irreverência ou que não numa utopia: um só homem pode
mudar o mundo, eis o sonho que em mim foi plantado.
Acreditei
e acredito piamente nele. Quem o plantou não poderia de forma alguma estar
errado, e para além disso, foi a pessoa mais inteligente, mais brilhante;
note-se que não digo, nem de perto nem de longe esperto, que até hoje me foi
dado o privilégio de conhecer e de conviver com.
A
quem devo um obrigado, eterno, por ter carregado, uma semente de um sonho, uma
responsabilidade, enorme, de fazer-me acreditar que este “nosso” sonho é e vai
ser possível, o que nem sempre foi tarefa fácil ou pêra doce; um e um só homem
pode, e vai, mudar o mundo.
Um
dia, já nem me lembro quem, perguntaram-me: Em quem confias mais: Num homem que
fuma charutos e bebe conhaque, num homem que fuma cigarros e bebe whisky ou num
homem que não fuma e bebe água?
E,
apesar de ter ficado sem resposta imediata, não deixei que os preconceitos ou
pré-conceitos me toldassem a razão. Pois, sem margem para dúvidas, a pergunta
no mínimo era obscenamente simples, todavia a responsabilidade da resposta de
extrema complexidade.
A
pergunta urgia e ribombava no meu pequeno globo da razão: Quem serão ou quem
foram estes três homens? A pergunta voltou a assolar-me, a gritar-me à minha
consciência em forma de pergunta sem resposta.
Emmeios
e de sus o meu sonho aflui-me “à bolinha
cinzenta” como se a matéria de uma vida estivesse ali em causa, em revisão,
para efectuar o teste final, o teste de uma vida e a ele outro sonho de outro
sonhador se concatenou e se fundiu: “Eu tenho
um sonho.”, ou, se preferirem, no seu original: “I have a dream.” e qual era o sonho deste homem, apenas este: “O
sonho de ver meus filhos julgados pela sua personalidade, não pela cor da sua
pele.”.
E,
eis que se fez luz e respondi: prefiro o homem que fuma charuto e bebe
conhaque!
Homem
a os todos os títulos brilhante quer do lado humanitário, quer na posição, na
estratégia e no enquadramento político da época, quer na sua cultura ímpar que
lhe granjeou um prestígio e um respeito inigualável a nível mundial, quer no
campo das letras ao ser agraciado com o Prémio Nobel da Literatura. Resumindo:
“primus inter pares”.
Falo,
para quem ainda não se tenha apercebido, de Winston Churchill.
Os
outros dois, mentes brilhantes também, Franklin Roosevelt e Adolf Hitler,
contudo quer um quer outro, e de formas bem diferentes, foram pouco assertivos
e pragmáticos, na postura que tiveram em relação às atitudes a que foram
chamados e de que foram incumbidos.
Note-se
que não estou a criar paralelos mas sim referencio exigências. E nem sequer o
brilhantismo de espírito é saudável quando são chamadas à história e à razão.
Acho
que a ambos faltou a chispa ou a acha ou ainda o morrão que incendiavam ou
amornavam, respectivamente, a ponta do charuto ou o vapor que emanava da boca
do copo de conhaque de Churchill. Ou talvez ainda o conjunto de todas elas…
Opiniões!...
Eu
tenho um sonho… “Um e um só homem vai
mudar o mundo.”.
E,
acredito que será breve, o tempo e os tempos urge.
Ah!
E para aqueles menos atentos eu disse um homem, propositadamente retirei-lhe a
inicial maiúscula. Detalhes!...
tÓ
mAnÉ Editions
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