Oi maltinha!
Estou em
ferrinhos para vos contar como foi este meu fim-de-semana, foi mesmo XXL, e
especial para todos os efeitos, apesar de algumas coisitas, inexoravelmente, se
repetirem e repetirem… mas outras houve que só acontecem uma vez por ano ou
parecidas mas para o diferente e aquelas que só acontecem uma vez…
Sábado. Começo
sempre pelo sábado. Mas que enfadonha e sensaborona que eu sou, um dia vou
iniciar pela sexta-feira, logo depois de sair da escolinha, afinal e na verdade
é neste preciso momento que se inicia o meu fim-de-semana, prometo!
Hoje não vou
contar muita coisa, o meu pai este com dor de cabeça, diz que é por causa da
Sinusite. Para vos dizer a verdade eu não sei quem é essa da Sinusite. A minha
mãe é a Maria, isso eu sei de certeza, pois o meu paizinho anda sempre: ó Maria
isto, ó Maria aquilo… as minhas avós, uma é a Aura e a outra a Ilda, as minhas
tias avós são a Maria, como a mãe, e a Vitalina (gosto muito da Vitalina, faz-me
tudo o que quero e mais importante ainda deixa-me fazer tudo o que quero), na
escolinha as minhas amigas não se chamam assim e as meninas grandes a Lena e a
Gina; são elas que mandam, chamam-se mesmo assim. Estou farta de dar voltinhas
à cabeça e não conheço nenhuma Sinusite, mas aqui entre nós que ninguém nos
ouve… psst, psst, sem barulhos, não deve ser boa gaja, pois o papá diz que o
deixa despachado e “desmastriado”, e se lhe faz dor de cabeça é porque ela é
má! Acho que ela é a bruxa má.
Até logo, o pai
diz que se vai tomar um “comido” e
deitar-se um pouco. Prometeu voltar para continuarmos. Estou mesmo a atrofiar
com essa da Sinusite, tenho a certeza de que quando a conhecer vou fritar ou
desatinar com ela, mas isso depois se verá, o tempo a seu tempo.
Voltei! Já é
noite. O meu pai dormiu bué. Vamos ao que interessa.
No sábado,
lembram-se que vos contei que o meu pai tem ou está com a mania que é artista,
lembram-se? Pois é, levantou-se cedo outra vez (começo a ficar preocupada, só
se levanta cedo para ir para a pesca ou para a caça) para ir para aquela coisa
de que não me lembro do nome, para as pinturas, percebem? Só que desta vez a
minha mamã quer ir com ele; ela disse-me que é só mulherio e que homens só
mesmo o meu pai e o professor, desconfio que quer ir lá mijar, marcar
território, é mesmo tinhosa não deixa o homem em paz.
Afinal estava a
ser má-língua. A mamã queria mesmo era ir a um super super mercado chamado
“Makro” que fica na estrada do Rio Seco no Areal Gordo, muito conveniente,
convenhamos, digo eu que sou pequenina ou “pichotinha” como o meu pai diz; não
percebo, não tenho pilinha tenho lolita.
Acabámos de
despejar o meu pai no Centro de Formação Profissional, mesmo à porta das
pinturas ou quase. Beijinhos, xau e fomos rota batida para o super super
mercado que, a bem da verdade, diga-se, era mesmo ali ao lado, um pulinho e ora
bem, “voilá”.
Ó pá moço(a)s
aquilo era mesmo grande, até os carrinhos eram grandes e diferentes, uns
monstrinhos, tinha de tudo tal e qual as farmácias e as lojas dos chineses. A
minha mãezinha quase endoidou, parecia uma barata tonta, lá dentro, se vissem
as voltas que ela deu para quase nada comprar, estava confundida de certeza.
Do super super
mercado fomos para o Shoping Center Fórum Algarve, mas que nome complicado, o
que não foi de todo novidade para mim, e uma curte para a mãezinha; papá fora
dia santo na loja ou para as lojas, como queiram. Só ,depois de muito retoiçarmos
é que resolvemos ir buscar o papá.
E, aí sim, entrei
na sala e vi tudo. Fiquei tão contente quando o meu pai me mostrou o quadro ou
melhor a tela que estava a pintar, não é que o maroto me estava a pintar ou
melhor a pintar a minha cara e vejam só o descaramento ou desplante, não se
lembrava de mim, por isso tinha uma fotografia minha colada em cima de uma
coisa estranhíssima onde estava encavalitada a tela e a que chamou de cavalete.
Nem quero acreditar que já se tinha esquecido de mim em tão pouco tempo e que
necessitava de uma fotografia minha; ousadia esta!...
Eu também queria
pintar, queria mexer, queria ver com os olhos e com as mãos, afinal era um
mundo que não conhecia. Eu quero aprender tudo, mas desta vez não deu
paciência… estávamos com pressa, tínhamos que ir para o aniversário da Joana e,
como sempre, já estávamos atrasados.
Tchau pintura e
lá vamos nós.
Entre um vamos e
não vamos primeiro a casa deixar as coisas que haviam de ir para o frigorífico,
lá os meus papás chegaram a consenso, mesmo em cima do entroncamento,
pisca-pisca e zás casa da Joana, sem que antes a mamã dissesse: os iogurtes e
os legumes podem ficar no frigorífico da Fatinha (a Fatinha é a mãe da Joana).
Claro que eu com
todo este “stress”, que não entendo o porquê, desliguei e bati uma sornita,
pois só me lembro de ter chegado á casa da Joana.
A casa da Joana.
A casa da Joana é
uma moradia fantástica. E tem jardim, e tem piscina, e tem relva (para além
destas coisas, ainda tinha um insuflável enorme, fazia muitas vezes o meu eu,
que adorei e uma trupe de menino(a)s com os quais poderia brincar). Quando vi
este mundo à parte virei-me para o meu paizinho e exclamei ou perguntei com o
meu ar sereno e meio zangado: pai, paizinho porque é que a nossa casa não tem
jardim, relva e piscina, porquê?...
Isto pode lá ser,
óoooo… tens que fazer como o pai da Joana, não vês como está bonito?!...
Antes de tudo e o
demais e como a larica já apertava fui comer umas coisas boas que estavam em
cima da mesa, foi a minha mãe que me deu; bebi uns golinhos de Coca-Cola mas
não gostei nada, tem piquinhos, gosto mais de água fresquinha.
Rapaziada aqui
vou eu para a brincadeira. Os menino(a)s andavam todos de fato-de-banho ou
cueca de banho, assim, para começar o “fandolirio” quis também vestir o traje
próprio e adequado para tão solene ocasião e, sem mais mesuras ou lisuras, pedi
à minha mamã querida (com jeitinho pois é a ocasião que faz o ladrão) que me
vestisse o fato-de-banho da borboleta; olha, olha mãe gosto tanto do
fato-de-banho da borboleta e bati duas pestanadas das grandes (deste modo a
mãezinha não consegue resistir). Já está, foi em menos de um farelo, que fiquei
pronta, nem fiz uma birrinha, para o ataque frontal às diversões que não me
paravam de piscar o olho e de me atentar. Certinho direitinho como poderia eu
resistir-lhes, e logo eu que brincadeira é a minha profissão.
A matula estava
toda na piscina a saltar, a chapinhar, a rir, a gritar, a disparatar, era um
verdadeiro “show de bola”. Eles eram bola, eles eram bóias, eles eram
braçadeiras, eles eram um sem número de artefactos de que nem sei o nome, mas
isso não era… ou melhor eram minudências. E, o que eu queria mesmo era ir para
a água, para a piscina! Porém, quando já ia em movimento uniformemente
acelerado, eis que o meu paizinho exclama: Laura essa piscina é só para
grandes! E, vai de lá, agarrou-me pela cintura, ainda esperneei, mas o meu pai
é muito forte, daí tive que recolher as unhas ou o mesmo será dizer a tenda ou
o estojo e contentar-me com uma triunfal ida ao insuflável. Este estava deserto
e triste, pudera estava um calor infernal, mas eu não me fiz rogada e logo
comecei a saltar e escorregar e a saltar e a escorregar, até tive tempo e
vontade ou disposição para cair e fazer um berreiro, que foi mais uma “perrã”,
forma dissimulada de protesto pelo não à piscina e que surtiu o efeito
desejado. Desta vez ganhei a batalha. Sim porque isto de ser criança é uma
guerra sem quartel.
Vou-vos contar:
depois do choro com lágrimas gordas pedi à minha mãe, era ela que estava comigo
no insuflável (guarda de honra ou de serviço) para ir à água, ao que me respondeu
que eu tinha que pedir ao papá (acho que ela estava de castigo, pois ouvi o meu
pai dizer-lhe “quem toma conta da moça és tu – a moça sou eu, não gosto quando
o meu pai fala assim, não sou nenhum caixote nem tão pouco balde de esfregona).
Assim foi. E assim ganhei a batalha (o meu pai estava bem disposto, devia ser
porque encontrou muitos amigos, alguns eu nem conhecia, e porque esteve a dar à
“lingueta” este tempo todo). Cheguei ou melhor chegámos perto dele, preparei
logo os meus olhinhos de cachorrinha abandonada, o meu pai estava na risota
indecente com os amigos, estavam pela certa a falar de mulheres, e preparei a
melhor forma de apresentar o requerimento. Papá, papáaaaaa – olhinhos feitos e
acabados – posso ir à água? Ena bem, qual não foi o meu espanto quando o meu
pai se levantou e respondeu: anda filhinha querida que o papá leva-te.
Baixou-se, agarrou-me, levantou-me e colocou-me ao colinho e, piscina comigo.
Fiquei, escusado seria de dizer, mais contente que uma pega sem rabo, e sentada
nos degraus, e deitada nos degraus, como era conveniente (ainda não vos contei,
mas estou a ter aulas de natação, na piscina de Loulé, às terças e
sextas-feiras, porém ainda não sei nadar o que não invalida não ter medo da
água nem da piscina, nem da banheira, nem do mar, aliás nunca tive!...), foi um
enfarta brutos ou seja morra Marta mas morra farta.
O meu pai às pás
nas tantas achou por bem que chegava de banho, eram horas de comer ou trincar
qualquer coisinha; por mim tinha ficado mais tempo, estava-se que nem ginjas, a
água era um caldinho, mas, e em abono da verdade, o meu pai recordou-me e
mostrou-me que eu estava com pés e mãos de velha, logo, mais que justo, hora de
bazar.
Embrulhada numa
toalha, tal e qual um pão num talego, lá fomos até às mesas abastecer o
depósito que nem na reserva já estava. Feito o abastecimento e de pilha
carregada, dirigimo-nos para o insuflável e lá, para além dos outro(a)s
todo(a)s estavam duas meninas grandes, a Cláudia e a Pipinha, que na verdade se
chama Filipa, que libertaram o meu pai da tarefa de observador de asneiras e
tropelias; o melro foi logo para junto dos amigos, ora não! Até porque a mamã
estava a falar com as outras senhoras o que lhe deve ter dado muito jeito…
Aí, depois de
estrebuchar bastante e moído a paciência à Cláudia; estava um menino com fralda
no insuflável, é muito perigoso, os outros meninos podiam aleijá-lo, ele era
muito pequenino, fui de novo para a piscina, desta vez corri a piscina toda,
pela bordinha, a Pipinha colocou-me “aquelas coisas cheias de ar” nos braços
para eu não ir ao fundo, e sempre que eu “nadava” um pouco mais para fora da orla ela puxava-me para
junto dela. Vindo não sei de onde apareceu, ao pé de nós, o meu papá. Brincou
um bocadinho comigo e disse qualquer coisa à Pipinha que não percebi e sem mais
nem ontem, tal como chegou assim se foi.
De brincadeira em
brincadeira (brincamos a um jogo que nunca tinha brincado, chama-se pinhata, na verdade não lhe achei muita
graça, toda a gente a bater, à vez, com um pau numa matrafona de cartão e
papelinhos, enquanto um senhor com um cordel puxava para baixo e para cima, até
que ela se rompeu e deixou cair muitos rebuçados e sugos, e nem aí me
interessei muito) a tarde foi-se esgotando, esfumou-se, e com ela a minha
energia, apesar de eu usar “Duracell”.
Não tardou muito
e comecei a notar que os meus papás estavam a dizer adeus aos amigos, de
imediato, adivinhei que a hora do bate sola estava mesmo a chegar e assim foi,
palavras não eram ditas e já os cajados voavam. Adeus até à próxima a toda a
gente e cá vamos nós que se faz tarde, vamos não íamos, onde é que está a chave
do carro para aqui, onde anda a chave do carro para ali e a bendita da chave
não havia meio de aparecer. Tens tu? Não tens tu? Não, não tenho… correram Ceca
e Meca e “nope” chaves. Por fim lá
apareceram, os meus pais já estavam a entrar em parafuso. Estavam,
escondidas, bem no fundo da minha, velhinha e debota, mochila vermelha.
Mas para quem
pensou que o filme não teve mais película para rodar está muito enganado, as peripécias
maiores ou os azares maiores ainda estavam por chegar. Não é que ainda nem
tínhamos andado mais que uns escassos centos de metros e ouço o meu pai: parece
que temos um pneu em baixo (quando entrámos na casa do pai da Joana o meu pai
passou, ao tentar fazer uma manobra manhosa de estacionamento, por cima do
batente inferior central de ferro, do portão de ferro, que estava no meio das
pedras de calçada, tendo ouvido um barulho estranho, disse: queira Deus não
tenha cortado o pneu, no entanto, nem sei porquê, entusiasmado com a chegada do
amigo talvez, não foi verificar), bem dito melhor feito, o papá parou, saiu do
carro e até parece que nem olhou, voltou-se para a mamã e quase que cuspiu um
“parece que eu adivinhava”, enquanto pegava no telemóvel e ligava a pedir ajuda
para mudar a roda; o pai tem um dói-dói nas costas.
Não demorou o
tempo do diabo esfregar um olho até que apareceu um amigo do papá e foi então
que começou a tarefa hercúlea de desmontar e montar a roda, foi , sem margem
para dúvidas, uma longa metragem. Fiquei a pensar que deve ser necessário tirar
um curso na universidade “como mudar rodas em três tempos ou duas palitadas”.
Enfim tudo
tratado. Casa doce casinha.
Chegados a este
ponto singular, vocês já sabem como o moinho roda! Apenas um pequeno à parte, o
meu pai ainda teve paciência para ficar a ver os “futebóis”.
Por hoje foi tudo
e o não foi pouco não!... Ai que mal que eu estou e tão pouco que me queixo,
mal consigo abrir o olho. Tchau.
O dia vinte e
quatro de Junho foi e é um dia muito especial para mim, para além de ter sido
domingo e poder estar o dia todinho com os meus papás, o que, só por si, já é
fantástico, ainda coincidiu com o aniversário da minha querida mamã, e por
acaso com o dia de São João; segundo diz a minha avó Ilda, esta é a razão
porque a minha mãe se chama Maria João,
não acham isto o máximo da originalidade? Eheheheheh…
Cedinho, assim me
levantei, para dar os parabéns à minha linda mamã, mas não só, para que ela não
perca o bom hábito de cedo erguer que dá saúde e faz crescer (só se for para a
frente, para trás e para os lados) ahahahahah… acho que ela não vai gostar
desta!...
Curioso é o facto
de o meu paizinho também se ter levantado, fica sempre na sorna, até me ajudou
a cantar os parabéns à mãezinha. Terminada que foi a cantoria demos abracinhos
e beijinhos, esta manobra passou-se no quarto e na cama grande. Levantámo-nos
pouco depois e fomos todos para a sala, onde, no lugar reservado à mãe na mesa,
estava uma prenda ou presente (à moda fina); minha, do meu mano e do meu pai,
para a mamã (um embrulho, todo catita com lacinho e tudo, como manda a
sapatilha). A mãezinha desembrulhou com muito cuidado e abriu a caixinha, e o
que estava lá dentro, hem? Pois aqui é que reside o busílis ou a porca troce o
rabo, o meu papá não quer que conte, diz que é a crise e que uma prenda vale
pela intenção e não pelo seu valor intrínseco ou pecuniário. Moral da história
voltei a não perceber, mas, o que é importante, percebi que a mãezinha gostou
muito e deu um grande abracinho, seguido de beijinhos a mim e ao meu pai, o
mano, mais uma vez, não estava, ao mesmo tempo (quase me estrafegava toda,
irra!...).
Daqui em diante
foi sempre a abrir o tempo todo do mundo era pouco, não chegava!
Pequeno-almoço, telemóvel a tocar, atender, falar e falar, lavar, vestir, e o
telelé não se cala, falar e falar… e sempre para a mamã, ninguém telefonou para
mim, olha que chatice e logo eu que queria atender sempre e dar à “estramela”,
contudo a minha mãe cortou-me as vazas, dizendo-me “temos pressa Laura Solange”
e quando a mamãzinha me trata desta forma é melhor não resfolegar. Aquietei-me!
E, neste
lufa-lufa; até o meu pai fez ou desfez a barba, lá nos entregámos todos à
beleza, a minha mãe estava, especialmente, bonita. Eu tenho uma mãe muito
linda!
Rotina de saída
de casa e o telemóvel trelim-lim-tim-pim, trelim-lim-tim-pim, que não parava de
tocar, já estava passada com tanto telefonema, agora era a tia Aida a mana
velha da mãe e que vive em Paris de France, é muito longe sabem? Eu já fui lá e
o que foste lá fazer giroflé-flé-flá? Fui ao casamento da prima Isabel. Gostei
muito!... Mas é muito longe!...
Siga o programa
de festas, vamos almoçar a Quarteira, ouvi o meu pai dizer, mas primeiro vamos
buscar a avó Aurita, ela também vai (a avó Ilda não gosta destas coisas, sair
de casa não é com ela), o meu padrinho e a tia Bleca também não vêm, foram
andar de barco. Sim, é verdade, o meu tio Miguel tem um barco, quer dizer um
barquinho, mas tem motor. Ainda não andei no barco do meu tio, ele diz que
ainda sou muito pequenina e é perigoso. Vai ser para o ano que vem; foi
promessa ou eu assim o quero crer.
Parta abreviar
este testamento, vou-me deixar de considerações ou quase e entregar-me aos
factos ocorridos apenas.
Fomos almoçar a
Quarteira, como já vos tinha dito, ao Restaurante A Taberna do Peixe, que é
duns amigos do meu pai. Comemos peixe, dá para acreditar? Findo o almoço fomos
todos descansar para a casa da avó Aurita em Quarteira; como boa louletana de
Beja!
Quando a minha
mãe achou que se fizeram horas demos um saltinho até à praia, eu, o meu pai e a
minha mãe, pois a avó ficou a espiar-nos, pelo rabo do olho, da esplanada mesmo
junto à areia. Na praia estive a brincar na água, que estava fria, com a minha
mãe e o meu pai, porém a minha mãe cansou-se da brincadeira e foi deitar-se,
ali ao lado, na toalha feita lontra, uma lontra branca, reluzente que até
encandeava. Almareava só de olhar. Entretanto, mesmo junto a ela, comecei com o
meu pai a fazer castelos e fortalezas que os defendiam da ressaca das ondas e
nestes propósitos lá transcorreu o resto da tarde. Apenas sobrou tempo para um
geladinho no fecho da praia.
Bem que gostaria
de ter ficado um pouquito mais mas como o meu pai diz e que já o meu avô dizia
e o pai dele também: “O que não se faz no dia de Santa Maria faz-se no outro
dia.”
Regressámos a
casa. A avó ficou para jantar connosco, o que não é frequente nem deixa de ser.
Resumindo e
baralhando o mesmo é dizer que foi um fim-de-semana espantástico,
fantabulástico, uma emoção completa ó
laricas.
Tchau pessoal e
cuidado com os pernilongos eles andam por aí.
tÓ mAnÉ Editions (in Laura
solange dixit) – 2012.06.(23 e 24)
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