segunda-feira, 15 de julho de 2013

Parque estacionamento



Sentado no automóvel, espero, sufocando!
Ouvindo música, que lânguida, evapora-se,
Evapora-se, no ar quente e abafado,
Insuportavelmente quente e abafado,
Emanado pelo betão armado
Do parque de estacionamento
Semi-coberto e pouco ventilado,
Exalando uma atmosfera doentia e insalubre.
Aqui, semi-assado e enrubescido
Sentado no interior da viatura espero!
Arfo! E, olho, apático, o tempo que se dilata inusitadamente.
O rádio, continua a cuspir acordes, entediados e bafientos do tempo…
Finalmente, algo de agradável, uma chicotada nos meus sentidos, desentorpece-me
O “The Wall” dança, revolto, em meus ouvidos… hey teacher live the kids alone…
Soando como uma lufada de ar fresco
Neste, abafado, dia do início do segundo quartel do mês de Maio.
À minha volta, revolita, um frenesi de hipermercado ao fim-de-semana.
Hoje é sábado, e neste entra e sai sem fim,
No parque de estacionamento, até parece que nasce vida, penso
Mas, logo, me ocorre… Oh Santo Deus! Perfeito dislate!

tÓ mAnÉ   Style

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